domingo, 4 de dezembro de 2011

frases sobre o corpo cultural e o biquini


  • Essa coletânea de frases e reflexões fazem parte do meu estudo para o Mestrado Acadêmico em Design.

  • Minha pesquisa é sobre o design do biquini brasileiro (carioca), sua evolução, com um enfoque diferente do que tange só a questão histórica. Envolve tecnologias na indústria têxtil, na medicina estética, a subjetividade do corpo esculpido pela cultura, a dimensão do simbólico por trás do uso do biquini, dentre outras questões que contrinuem para enriquecer esse tema, já tão instigante.



‎"Pode se afirmar que, sob a ótica da moral da "boa forma", um corpo sem marcas indesejáveis (rugas, estrias, celulites, manchas) e sem excessos (gordura, flacidez), é o único que mesmo sem roupas, está decentemente vestido" - Courtine (1995)
 ·  · 20 minutes ago near Rio de Janeiro

    • Janara Morenna O biquíni é uma nudez maior que a nudez - Nelson Rodrigues.
      15 minutes ago ·  ·  2

    • Janara Morenna ‎"A obesidade tornou-se critério determinante de féiúra, representando o universo vulgar, em oposição ao elegante". (Del Priori, 2001)
      14 minutes ago ·  ·  1

    • Janara Morenna ‎"Lipofobia" termo batizado pelo filósofo Gilles Lipovetsky que significa além de não ser gordo, tem que ter um corpo firme, musculoso e tônico - livre de qualquer marca de relaxamento.
      12 minutes ago · 

    • Janara Morenna ‎"A gordura, a flacidez e a moleza são símbolos tangíveis da indisciplina, do desleixo, da preguiça, da falta de uma certa virtude, isto é, da falta de investimento do indivíduo sobre si" - sem referencial.
      10 minutes ago · 

    • Janara Morenna DDC - Desordem dismórfica do corpo "pessoas que acreditam ter defeitos que na verdade são produtos da sua fantasia. Obsessão pela boa forma que acarreta depressão, fobia social e transtornos...." sem referencial.
      8 minutes ago · 

    • Janara Morenna ‎"O corpo virou o mais belo objeto de consumo" - Baudrillard (s/d)
      7 minutes ago · 

    • Janara Morenna O corpo natural é modelado, embelezado, o indivíduo interfere nele como investimento transformando-o em expoente de prestígio e veículo de distinção. (Bourdieu, em 1988)
      4 minutes ago · 

    • Janara Morenna ‎"O corpo modela o biquíni que por sua vez modela o corpo e ambos são modelados pela cultura" - Janara Morenna (2011).
      2 minutes ago ·  ·  1


      • Janara Morenna ‎"Beachwear and sportwear are very strong in Rio. Cariocas are regarded as both creative and flexibile in the way they dress, because of the influence of the beach life style, and they can adapt their beach outfits to any social context" - Brazil fashion , Council British
        13 minutes ago · 
        TEMPOS EM TÓPICOS CURTOS


      • Janara Morenna anos 30
        moralização da praia, proibido trânsito de banhistas nas ruas sem uso de roupão. Polícia dita o novo código de uso da praia.
        anos 50
        auge de copacabana, sobem predios luxuosos, a zona sul é inventada e a praia se torna local de socialização

        3 minutes ago · 

      • Janara Morenna anos 60-70
        Popularização do biquini:
        música: garota de ipanema
        musa: Rose di Primo, Leila Diniz.
        musa internacional: Brigitte Bardot
        indústria: primeiras marcas voltadas para o segmento
        humor: informalidade
        local: ipanema
        grupos: intelectuais, poetas, músicos, artistas, naturalistas, surfistas.
        tensões: poderio militar, ditadura, exílios, perseguições políticas
        estilo musical: bossa nova
        praia: mais que banho de sol e socialização, é terapia.
        era: modernidade, shopping center, mesbla, bombril, absorvente
        sexo frágil: mulher agora é "independente", liberação sexual, fumam, bebem, vão para faculdade, trabalham e saem a noite.
        biquini: vira tanga, o hits é o jeans

        a few seconds ago · 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Quem? Uma justificativa por ser pluralista.

Mas afinal, o que você faz? (na verdade, quero dizer, quem é você?)


Pergunta que limita, mas já que estamos acostumados, vou tentar traçar o meu perfil em poucas palavras.


O que me move é o conhecimento, a criação e as artes.

Apesar da nossa cultura que segmenta a educação de forma verticalizada, das ciências que pretendem não dialogar com as outras ciências, da nossa visão do "expert"ou "hiper- especialista" eu não busco meu entendimento de mundo e profissional desta forma. 

Acredito que o mundo é pluralista e que posso conectar minha paixão pela arte com a moda, da moda como fenômeno social e cultural e tudo isso com os conceitos de sustentabilidade e até com a esfera do consumo e do marketing. 

Me formei em design de moda, fiz especialização em marketing, trabalhei bastante com  long´s, dei aula. No presente, fazer um mestrado é meu objetivo atual. Para o futuro, quem sabe, um doutorado em um lugar distante para ajudar a conectar ideias... Ah, sempre com muita arte!

Acredito que continuar conectando sonhos e pessoas dá sentido a (minha) vida, afinal todos os seres que me inspiraram eram altamente pluralistas! 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Impressões sobre o 1° Congresso Brasileiro de Moda - 2° dia

O segundo dia do Congresso teve a primeira mesa coordenada pelo prof. Dr. Cláudio Freitas Magalhães, da PUC. O tema proposto foi o design como fator de diferenciação – e como gerar valor por meio do design.  

Ricardo Leite da empresa Crama de design estratégico iniciou sua fala nos fazendo pensar sobre o panorama de um mundo completamente estagnado pela informação, consumismo, novas tecnologias e a rapidez com que um objeto novo se torna obsoleto antes mesmo que  você comece a aprender a usar todas as  suas funções.  Para ilustrar suas compreensões sobre o papel do design como diferencial, Ricardo citou experiências com sua filha de 10 anos, que já percebe o mundo de um prisma onde a tecnologia está harmonicamente integrada a sua rotina – e que conceitos sobre a sustentabilidade e ecologia também já foram absorvidos pela pequena, que já entende e valoriza a informação sobre o consumo consciente.

O designer citou o Steve Jobs para falar sobre inovação. Inovar na sua visão é uma atitude que sempre existiu, intrínseca ao ser humano que para sobreviver – e perpetuar, como disse Darwin, sempre teve que usar sua criatividade e inovar.

Para Ricardo a palavra inovação está em alta e estamos vivendo em uma época de questionamentos que partem de todos os setores da sociedade. Ele defende que hoje em dia as pessoas estão mais exigentes e não ficam passivas à falta de criatividade, o que torna o mundo mais inspirado – marcas, empresas e designers precisam ser mais criativos para atender a uma economia que não segmenta mercado por público consumidor  e sim com o olhar sobre um homem individual, um ser complexo com necessidades e desejos diferentes entre si. A moda nesse contexto está dentro de uma economia criativa de produtos customizados e assim sendo, serve de exemplo para outras esferas do consumo.

A segunda palavra da vez depois de inovação é sustentabilidade, na visão do diretor da Crama hoje vivemos uma época em que estamos em constante cobrança – desde a calça jeans que você compra até a latinha de alumínio, sempre há o apelo para o ecológico, precisamos entender também essa dimensão e seus impactos econômicos, pois cada dia mais as empresas (clientes da agencias publicitárias e de design estratégico) buscam vincular sua marca aos conceitos de uma ética ambiental.

Finalizou a fala e as imagens que usava de apoio concluindo que a inovação é a busca por soluções melhores para vida humana – mas que ela sempre existiu.

Após a fala de Ricardo, o jovem designer de moda vindo do sul do país se apresentou e contou sua trajetória profissional. Ele começou “pela porta dos fundos” – como fez questão de colocar. Já com dez anos de experiência, o Felipe Caprestano teve influencia direta de sua família, que como é muito comum no sul do Brasil, muitas são as fábricas e empresas familiares de moda e têxtil. Ele criou uma marca que amadureceu junto com ele, na época, Felipe conta que ele tinha apenas 17 anos e criou para si uma moda autoral e street – essa marca rendeu frutos e ele foi convidado para outro setor da indústria: a malharia. Lá, apesar das dificuldades que na voz dele, todos os designers  enfrentam ao entrar para uma empresa familiar, pelo seu aspecto fechado – mas que  com o advento da concorrência, dos chineses no mercado e as novas necessidades e demandas, mudanças foram necessárias e hoje o perfil dessas empresas mudou – se modernizou .

Felipe conta que precisou mudar a forma de organização interna e com isso obteve resultados melhores. Ele descentralizou o departamento de criação e imprimiu uma forma nova de trabalhar: sem se dar o luxo de ser autoral mas sem perder o estilo, dessa vez de forma camaleônica. Felipe conta que ao mesmo tempo integrou todos os funcionários na busca por soluções de criação – incluindo até o operador de máquinas. 

Para ele essas mudanças no cenário da indústria no Sul possuem também um forte apelo na busca por uma valorização e identidade – ele cita as diferenças entre os centros urbanos Rio de Janeiro e São Paulo e completa o pensamento dizendo que eles não querem ter que sair de lá, e sim ter o mesmo reconhecimento que os profissionais das capitais possuem – “queremos ter nosso lugar e ser reconhecidos lá ”- (no Sul).
Para fechar sua fala Felipe nos trouxe uma sessão de imagens de um trabalho autoral que ele faz artesanalmente, eram máscaras carregadas de conceitos. Através do seu próprio blog ele posta o passo-a-passo da ideia – da concepção e estilo até a prática: a modelagem, corte, colagem, costura. E depois ainda posa em fotos artísticas. Tal trabalho já lhe rendeu exposições e convites para palestras.

A estilista Karla Girotto me surpreendeu. Karla tem uma fala rápida, uma agilidade mental que faz com que você não pisque, pois ela conseguiu unir um tom informal, do designer, da artista sustentado pela fala bastante reflexiva embasada em pesquisas profundas – em alguns momentos você não sabia se estava ouvindo uma designer, uma empresária ou uma pesquisadora acadêmica, e isso tudo, essa mistura foi muito boa, talvez o equilíbrio certo para  um tema tão instigante: o processo de criação no dia a dia e a questão que emerge como principal relacionada ao tema proposto pelo congresso; o design como diferenciador.

De forma inovadora, Karla nos pediu para ao invés de olhar para um quadro cheio de imagens, olhar para o nosso interno e dentro dele buscar qual foi a última imagem que nos marcou e reverberou – ela disse que não usaria mais imagens, pois acredita que o mundo já está esgotado delas e que tal fenômeno além de saturar significados  nos deixa confusos de qual o caminho seguir para o trabalho de criação.

Para a estilista o principal trabalho que temos de criação é saber nos posicionar fazendo a pergunta: de onde vêm as coisas. Esse questionamento remete a reflexão sobre o mundo dos objetos: “e por que nasce um objeto em um mundo cheio de objetos?” – como na moda que lança algo que em seguida mata o que foi lançado para poder ressurgir com o novo (de novo e infinitamente).

Karla usou três figuras para ilustrar suas colocações: a cartografia, os mapas e o atlas. Na primeira ela diz que trata-se de uma paisagem em formação sem limites ou fronteiras fixas, que é psicossocial , que através dessa ferramenta você se aproxima dos desejos do mundo. Fazer isso não é tarefa fácil, ela usa a pesquisa e a sensibilidade além de se posicionar sempre com uma atitude crítica para além da pesquisa imagética. O sensorial é fundamental nessa esfera que é subjetiva, assim ela capta as informações (ou códigos) para criar um mapa.

O mapa é delimitado, também é uma ferramenta para abrir as portas para o campo da comunicação, nessa etapa usar por exemplo as mídias sociais como o facebook é fundamental para captar essa subjetividade acima citada e para fazer os recortes e criar pontes de informação. Um outro exemplo é o pensamento da coleção, através desse mapa você tem mais percepção do que pode ser mais usado, do que pode ser um objeto de desejo – com todos os desdobramentos que vão além do objeto, que cria vida, se prolonga e se une com o ser que pelo objeto cria uma relação de afeto.

Quando ela fala do atlas, o resume como o resultado das etapas acima, sendo ele o catálogo de tudo que foi visto; das reflexões, estudos, pesquisas e que se concretiza com o objeto. O objeto para ela talvez seja a ponte de tudo isso, é a forma de materializar e congelar algo tornando-o palpável, transformando-o em objetividade, aliás tal palavra vem de objeto, Karla fez pesquisas sobre a origem das palavras que ela mais usou e narrou o por que da palavra objeto e fetiche (no contexto moda e consumo). O objeto congela o tempo, amplia o mundo e desta forma devemos tomar muito cuidado ao criar objetos, pois, “tudo que criamos reverberará no mundo”. Surge a partir daí uma outra palavra de significado para Karla: a potência que faz com que as coisas sobrevivam na cultura material, ou, que faz um objeto não desaparecer .

Voltando a questão do fetiche na moda e no consumo, com uma vasta literatura, para Karla o design transcende aquilo para qual ele é feito. Citou o exemplo do IPhone da Apple, que é um telefone que é muito mais que um telefone porque carrega muito mais que sua função além da questão do simbolismo, do status, da ideologia e também da moda.

Uma observação que faço, quando as palavras chaves eram inovação e design associado à tecnologia, Steve Jobs era o nome citado, que por coincidência acabara de falecer (dia desse encontro, 06 de outubro de 2011).
Janara Morenna.



O 4° painel – a segunda mesa do segundo dia (06 de outubro) teve como coordenação o André Robic também diretor executivo e presidente do IModa e IBModa, os realizadores do evento. Para este último painel tivemos como foco das discussões a questão da marca como fator gerador de negócios.

O Fernando Sigal da marca carioca Reserva tinha muitos motivos para além do verbo expressar um constante sorriso nos lábios. Ao contrário do que muita gente pode imaginar, a empresa dos “Jet street wear” – aqui me atrevo a brincar com esses termos, não nasceu na rua mais badalada do Leblon já cheia de capital financeiro.  Os sócios Fernando e Rony Meisler, amigos de infância, lutaram muito para fazer a marca ser o que ela é hoje: forte, consolidada e com um diferencial importante que é o seu posicionamento no mercado.

Fernando nos contou como a ideia surgiu; do cotidiano uma simples observação fez com que ele e o seu sócio enxergassem uma oportunidade, a demanda em um mercado saturado, o da moda – perceberam que apesar das muitas marcas existentes, estavam todos ali em uma sala de musculação trajando a mesma bermuda – e olhando ao redor a constatação tomou força. A partir daí decidiram se aventurar na indústria da moda e começaram a descobrir o que queriam e como eles poderiam tornar um sonho em realidade e uma festa em um negócio lucrativo.

Da jornada contada pelo Fernando, peças que tiveram uma tiragem de 300 se tornaram logo  3 mil e assim nascia também a originalidade para escoar tais peças,  também um outro diferencial da marca. Dos momentos apertados de grana o jeito era contar com os amigos e fazer lançamentos em locais como galerias de arte, com direito a biscoito Globo e Mate Leão, jeito bem carioca e gostoso de ser. Essa fórmula low profile  e irreverente foi formando a cultura da marca – e assim uma identidade delimitada tomava cada vez mais forma e seu público crescia.

Do pequeno atelier na Gávea até a primeira loja em Ipanema, o empreendedor dizia com aquele sorriso, que a “festa estava dando certo” – a palavra festa se repetia em vários contextos de sua fala, a festa no meu entendimento fazia parte de um dos valores que compunham os elementos para a formação daquela marca – o conceito para o posicionamento certo, para um público segmentado e estudado, onde o life style carioca  é percebido em todos os detalhes da marca, da loja que parece ser um loft até a decoração com geladeiras antigas (lindas!) reformadas e cheias de Devassas geladíssimas – no fim das contas aquele cliente que estava só passando acabava capturado por uma vitrine diferente...  e se sentia tão em casa... tão estimulado pelo clima de festa com vendedores (que fazem parte daquele contexto, são geralmente os amigos do cliente) - que  acabava saindo com pelo menos uma sacolinha de lá e um pouco mais feliz – pelo menos até a fatura do cartão – mas esse já é outro assunto, que também faz parte da estratégia da marca.

Essa festa às vezes parecia que não ia dar certo, disse Fernando, em alguns momentos muitos questionamentos foram colocados pelos administradores da marca, por exemplo sobre o preço, na visão de um dos sócios, “um precinho nunca vira preção, mas um preção pode virar precinho” – com essa visão eles decidiram insistir no público jovem classe A – a elite carioca moderninha.

Em um segundo momento, já intuindo o quão poderiam crescer, notaram  que para que fosse de forma segura, teriam que  investir em conhecimento – o  que garantiria também mais eficiência para dar conta do atacado, das multimarcas, etc.  E assim surgiram outras possibilidades, a marca cresceu e deu frutos, que são as outras sub-marcas, inclusive uma delas conta com um sócio famoso, o Luciano Hulk.

Para Fernando uma parceria de sucesso é fundamental, ele deixa claro o quanto se orgulha de seu parceiro e amigo de infância, notei que existia uma relação de cumplicidade para além da afinidade e respeito, talvez esse tenha sido mais um fator determinante para a consolidação da marca, que como todos que sabem, uma sociedade é algo sempre muito complexo e perigoso.

Para fechar a apresentação e após exibir muitos números significativos da Reserva, Fernando fez questão de falar mais um pouco sobre como seu sócio Rony usava sua criatividade e ousadia em suas pesquisas e coleções, há algo vibrante por trás de sua fala, uma alegria que é exprimida através da imagem de uma foto do sócio em um backstage de desfile que exibia na estampa da camisa algo do tipo: “ O importante é saber rir de nós mesmos “ e ele completa a frase na certeza de que eles podem também mudar o mundo de alguma forma e para melhor –  aliás, saiu uma foto de um criminoso sendo preso com a camisa deles, aquele passarinho enorme estampado, perguntaram-lhe o que eles fizeram e ele disse que eles decidiram investir para a reinserção daquele indivíduo no contexto social. Aproveitei o gancho para saber como ele se posiciona com relação aos apelos para uma possível moda ecológica e como ele enxerga o papel da indústria e do governo para o incentivo do uso de tecnologia que facilitem tornar essa utopia possível e realizável.

Eles  possuem projetos com ONG´s e já usaram a malha de pet, mas como a maioria dos empresários de moda, confessou  carecer de informação para a alternativa, creio que pelo fato de não haver no mercado uma ação objetiva para aproximar empresas bacanas de possibilidades mais bacanas ainda. Minha pergunta foi em cima de uma crítica que faço com relação a dois fatores nesse contexto: 1 – a falta de incentivos do governo e indústria para fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias para tornar os processos da indústria têxtil menos impactantes ao meio ambiente, e 2 – para saber se eles usavam termos que remetem a esses conceitos de formas irresponsável, como infelizmente a maioria das empresas de moda faz, se apropriando de valores que não são coerentes com o que é vendido –de fato. Mas felizmente :-) o Fernando respondeu da melhor forma, não quis se estender porque não dominava o tema, disse ter interesse em pesquisar mais o assunto e com o sorriso no rosto passou a bola para o pessoal da marca Mercatto.

Você pode usar esse texto desde que me peça antes (IBModa está autorizado) e não esqueça dos créditos e fonte (este blog).

Janara Morenna.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Impressões sobre o 1° Congresso de Moda

Vou aos poucos postando!


Impressões sobre o 1° Congresso de Moda do Brasil

O Parque Lage no Rio de Janeiro foi o local escolhido pela produção do evento, não poderia haver melhor local na cidade para se falar de Negócios de Moda reunindo os olhares de pesquisadores acadêmicos e de empresários e administradores de marcas de Moda.


A pesquisadora Dra. Nízia Villaça abriu a mesa falando sobre o tema proposto que era a moda como fenômeno cultural e a reflexão: “moda é só roupa?”. Pessoalmente acompanho os trabalhos da Nízia desde os tempos de graduação, quando o assunto é pesquisa de moda em seu viés sério, acadêmico, a pesquisadora sempre aparece com alguma contribuição em artigos, livros, publicações e citações de outros pesquisadores.  Além do pós- doutorado pela Sorbonne, Nízia é a professora titular da ECO – UFRJ. 

Levei meu livro que foi organizado por ela em parceria com a pesquisadora Káthia Castilho. O livro já estava cheio de anotações, marcações e uma aparência de velinho de tanto que eu usei, e foi nesse livro que no intervalo do evento pedi uma dedicatória – não pude deixar de cumprimentá-la, já que graças a pesquisa dela pude avançar muito nas minhas imersões sobre o universo da moda, cultura e sociedade.

Dentre muitas colocações a respeito do papel da moda na cultura atual – Nízia falou de um DNA na moda, nos deu uma ideia de uma dimensão onde tal DNA  transita entre a necessidade de se criar uma identidade, que por um lado seria construída voltada para um público consumidor: dessa forma com uma força de identidade bem delimitada, fixa e ligada ao life style, e por outro lado, a moda é paradoxalmente um sistema de transitoriedade, volátil, que morre para renascer constantemente – então esse DNA poderia ser a fórmula de sucesso das marcas que se destacam, que conseguem encontrar o equilíbrio entre criar uma identidade para seu posicionamento no mercado e ao mesmo tempo garantir novidades que alimentem os novos desejos do seu público consumidor.

A pesquisadora Bárbara Szanieck da Escola Superior de Desenho Industrial, trouxe um olhar mais voltado para os questionamentos sobre o lugar da moda não como apenas peças do vestuário ou só pelas suas características materiais, ela enfatizou que “moda” como linguagem, possibilita a produção de si mesmo e nesse processo, produz novas linguagens que por vez produzem novos mundos – não necessariamente representando o que existe, e sim possíveis fragmentos de mundos.

 A professora trouxe também um exemplo bem interessante de uma experiência realizada no próprio Parque Lage, anos atrás. Tratava-se de uma performance artística que utilizava a linguagem da moda, ou seja, um desfile de moda. Nesse contexto pessoas desfilavam não roupas, mas suas vidas em suas próprias roupas. Eram pessoas comuns, com problemas, dramas,  família e suas singularidades expostas ao público.
Bárbara também falou sobre formas diferentes de organização na moda, fez referência ao antigo modelo – o da pirâmide e comparou-o com um modelo mais dinâmico que ela chamou de “meta brand”, modelo caracterizado por uma movimentação horizontal que visa valorizar o social.
 
Patrícia Santana começou sua fala citando Baudrillard, disse que a moda engloba o indivíduo e o grupo e revela o gosto, que contém uma estética e uma ética. A pesquisadora propôs uma abordagem antropológica  para entendermos a relação que existe entre o sujeito que passa por diversos enfrentamentos sociais na sua rotina, se olha no espelho e precisa se gostar. Disse que esse gostar não é tão simples assim, que além de ser algo elaborado, está internalizado e ligado a dimensão do consumo de moda.

Patrícia falou um pouco sobre  como o consumo de moda é um ato fundamental na nossa cultura para formação da identidade individual e também do paradoxo, da identidade do grupo.

A professora discorreu sobre a moda em diversos contextos culturais e históricos e entrou no campo da discussão da cópia, lembrando que a cópia na educação acadêmica acontece sempre e tem o objetivo de fazer com que através da repetição você aprenda uma técnica.

Na moda a cópia sempre existiu, ela cita os processos copiados na Europa a partir do século XV entre países como Itália e França, assim como os americanos mais tarde fazem copiando os franceses - já no século XX. O mundo do Prêta-à-Porter  vai se alimentando entre os processos que são aprendidos e passam por releituras e desconstruções onde tudo é absorvido e uma nova linguagem é inventada, como os japoneses fazem bem ao desconstruir o ocidental adaptando a sua linguagem. Patrícia levantou a questão de se há ou não como delimitar as fronteiras do que podemos chamar de “cópia”.

Em um outro momento falou dos movimentos que a arte passou e como as discussões sobre a cópia se desenvolveram, deixando a questão sobre a apropriação de idéias como talvez pertinentes ao resultado final, que ocorre diante das infinitas apropriações de tudo que está no mundo das idéias e imagens, inclusive no contexto das mídias sociais onde uma imagem é gerada e compartilhada milhões de vezes, e nesse processo sofre intervenções que são agregadas: “eu crio a partir de algo, de algo que gosto”.

Uma observação importante da pesquisadora, foi com relação ao medo que alguns professores de design possuem em usar a palavra ou a ideia da releitura, na visão dela, essa palavra é às vezes proibida por parte de principalmente designers.

A apropriação na visão da pesquisadora, não ocorre só para continuar algo que já existe, às vezes pode ser para romper com algo e continuar de forma diferente. Citou um caso interessante sobre o punk atual que na verdade não corresponde ao punk no sentido original dos anos 70, ele produz uma imagem que se corresponde com a do punk, ele compra uma calça rasgada com cara de suja vendida na Diesel e não pretende ter o mesmo comportamento do punk do Sex Pistols, ele só quer usar aquele estilo.

Na segunda mesa a estilista  Luiza Marcier, dona da marca A Colecionadora e fundadora do Museu da Moda falou um pouco de como surgiu a ideia de criar um museu de moda e nos contou sobre suas pesquisas pelo mundo afora, conversando com representantes de museus na Europa, Estados Unidos, Japão, dentre outros tantos que ela nos mostrou em imagens. Chamou a atenção a forma como até em um mesmo país, pode haver mais de um museu que narra a história através da indumentária, mas que por conta do olhar diferente sobre a dimensão das roupas, acabam criando atmosferas estéticas e conceitos completamente distintos, como no caso que a estilista citou, de dois museus em Portugal com visões bem diferentes – ambas necessárias e de igual importância.

A história da Marquesa de Santos e de D. Pedro contada pela Luiza foi emocionante. Ela passou um clima que parecia até místico ao narrar os segredos que envolviam a casa que hoje é o museu e parece ainda guardar a aura do romantismo contido em seu significado ao longo da história.

Muito importante uma colocação da Luiza a respeito da visão distorcida que temos de nós mesmo enquanto brasileiros. Há uma naturalização que não corresponde a verdade em relação ao brasileiro e a cultura de museu. Luiza mostrou com dados tangíveis – em uma tabela, que o brasileiro gosta de museu e que a moda é muito valorizada pela sociedade em seu aspecto que envolve cultura, história e subjetividade. Os dados da exposição do Alexander MacQueen no Metropolitan estavam lá para comprovar: entre as mais visitadas. Museu nas palavras da estilista, significa uma atitude de um contexto que é muito maior, ele é uma plataforma para gente pensar, reunir e criar outras conexões, é a expressão cultural do vestir.

Por fim Luiza levantou as questões relacionadas à potência que é a moda em termos de números, elencou dados sobre a indústria, o mercado, o varejo (as feiras de moda brasileira), e por fim indagou: “Por que não fazer instituições e não eventos de moda?” – se referindo ao local (instituição) como um espaço para esse fluxo de pessoas que podem ali se encontrar, trocar, ter uma referência física para  encontros entre aqueles interessados no  tema.

Representando o Instituto Zuzu Angel, Lúcia Acar  arrancou suspiros ao apresentar a história da estilista que revolucionou a moda brasileira.  Nos contou como a costureira inovou, lutou, sofreu, protestou e fez fama mundialmente, abrindo para o Brasil a oportunidade de ser o que o país é, de se orgulhar pelas nossas mulheres criativas, pela nossa matéria prima local, pelo nosso artesanato e sobretudo pela ingenuidade colorida que é característica também de seu povo.

Parece que o Instituto criado pela Hildegard Angel, filha de Zuzu, está bem alinhado com o contexto da história e legado deixados pela ativista. Um dos objetivos do Instituto é promover e prestigiar a moda brasileira. Nada menos coerente se pensarmos que na época em que a costureira (como gostava de ser chamada) combatia com energia o que ela chamava de a colonização da moda, que era verticalizada, copiada a partir dos moldes da moda Européia, só valorizando o que era importado – Pelas palavras da Lúcia, Zuzu não era contra o estrangeiro, mas queria posicionar a nossa moda no mesmo lugar, e hoje nós sabemos o quanto a moda brasileira é valorizada “lá fora”.

A estética da moda da Zuzu acompanhou suas diferentes fases e vivências, ela retratava sentimentos através do uso de cores, formas e objetos que carregavam uma carga grande de significados em misturas únicas, gritavam o que a mãe do Brasil queria dizer ao mundo, com o peito apertado e a criatividade aflorada. Gritou tanto essa dor que acabou em uma trágica morte deixando a costura de uma vida, talvez a mais importante costura dessa inquieta- que buscava acima de tudo a justiça, em tudo que fazia.

Tal história e o empenho de artistas e de sua filha não podia resultar em nada menos do que um Instituto de Moda vinculado aos melhores centros de moda do mundo. Eles possuem parcerias com o ESMOD, L´Universite de La Moda, ESAD, Tirelli dentre diversos outros, que por vez permitiram a criação de outras ações como a Academia Brasileira de Moda: que prestigia os principais nomes de destaque do cenário da Moda no país.

Janara Morenna

Ele é “o cara” da Osklen. Vladimir Sibylla é o nome por trás de mais de uma década que marcou o sucesso da empresa.  Muitas vezes quando a questão era como uma marca consegue se posicionar tão bem em um mercado que esta crescendo e amadurecendo a ponto de servir de estudo de caso em diversas esferas do conhecimento – a resposta parecia simples: O Oskar tem o Vladimir.
Pensar em moda no Brasil hoje é sinônimo de elencar marcas, e com certeza a Osklen é uma share of mind nesse contexto.

A pauta do pesquisador era sobre a cultura organizacional e a memória empresarial na indústria. Usando termos como “sustentabilidade” da empresa, ele discorreu sobre conceitos do marketing voltado para o segmento moda e customizados para cada necessidade (empresa), e em como tangibilizar capital de conhecimentos para formação da marca através de uma cultura própria.

Parafraseando autores e utilizando-se de muitos referenciais teóricos das áreas de administração e sociologia, além das citações e gráficos; o expert em cultura organizacional deu uma ideia de como é complexo formar o “DNA da empresa”, ou seja, a “alma” desse corpo físico empresarial que  tem em uma marca forte o espírito do corpo da ideologia da marca.

Na visão do Vladimir, os recursos da empresa são de tamanha importância que ele considera como o “todo”, em seus aspectos tangíveis e intangíveis – da cultura material e social. A pesquisa e o desenvolvimento de ferramentas para se obter a informação (ou os códigos) podem trazer a cultura para perto, dessa forma ele criou um sistema de modelos de conversões de conhecimento, citou um case de uma coleção da marca, “móveis imutáveis”, onde profissionais da empresa de diversas áreas criativas saíram do centro (da fábrica, escritório, centro urbano) e foram para a periferia (no caso a Amazônia) para depois de colher as informações que dariam suporte à criação de um conceito para aquela coleção, voltar para o centro narrando com formas, design, cores, suportes imagéticos que se sobrepunham e dialogavam. Era a síntese daquele universo - pronto para o fast- fashion da cidade.

Janara Morenna.

domingo, 2 de outubro de 2011

1° Congresso Brasileiro de Negócios da Moda

Esse encontro no Parque Lage reunirá pesquisadores com trabalhos sérios desenvolvidos na área de moda como: negócios, empreendedorismo e estudos sobre o consumo.

Conheço alguns trabalhos publicados de parte do corpo do evento, como o das professoras Nízia Villaça e Lívia Barbosa e do professor Cláudio Magalhães. Em minha pesquisa para o pré projeto de Mestrado acabei sempre me esbarrando com artigos e livros desses pesquisadores, que na minha opinião, são referência em estudos sobre  sociedade e cultura no contexto de Moda.

Só senti falta de alguns outros nomes de pesquisadores aqui do Rio de Janeiro, principalmente da linha do Barthes.Aproveito também para colocar que fico um pouco triste, pois acho que andam esquecendo a querida jornalista de moda a Gilda Chatagnier! Ela é uma enciclopédia ambulante da moda e (acho) está sendo mal aproveitada pelas instituições de ensino aqui no Rio de Janeiro. Infelizmente o nosso país não valoriza os mais experientes, mas isso é um desabafo que faço não em relação ao Congresso, e sim pelo que sabemos das Escolas de moda aqui da cidade.

A iniciativa está de parabéns e espero que fomente outras ações que relacionem esse campo tão presente nas nossas vidas com outras pesquisas - e que contribua para o desenvolvimento de profissionais mais preparados para os novos desafios do mercado: em eterna transformação.



Hora
quarta às 16:00 - 06 de outubro às 22:00

Localização
EAV - Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Jardim Botânico, 414
Rio de Janeiro, Brazil

Criado por

Mais informações
Uma imersão nas principais ferramentas para a gestão de marcas!

A moda brasileira é um grande negócio, que merece ser desenvolvido num fórum que reúna a pesquisa e a prática. Para isso, foi criado o Congresso Brasileiro de Negócios da Moda, que em sua primeira edição terá como tema de estudo a Gestão de Marcas, e reunirá alguns dos principais pesquisadores e empresários do setor. Por meio da troca dos conhecimentos e das experiências de quem faz (profissionais e gestores das marcas) e de quem pensa moda (pesquisadores, estudiosos), os participantes terão exemplos e idéias de como tornar suas empresas e o setor mais forte e mais competitivo.

Este é o primeiro evento com realização do I-Moda, Instituto de Estudos e Desenvolvimento da Moda, que conta com uma Comissão de Trabalho especificamente qualificada, composta por profissionais docentes e pesquisadores com os encargos de estimular, produzir e disseminar informações e conhecimentos através de ações que objetivam o fortalecimento, valorização e visibilidade social, econômica e cultural da moda brasileira.

Dias 5 e 6 de outubro de 2011
Das 16 às 22 horas
Parque Lage – Rua Jardim Botânico 414
Rio de Janeiro – RJ
Inscrições: http://tinyurl.com/congressoibmoda
Informações (11) 2528-8996 e (47)32222376

PROGRAMA

1o. painel (05/10 - 16h00)

Moda como Fenômeno Cultural e seu entorno

Pesquisadores e acadêmicos das áreas de cultura, sociologia, antropologia entre outras, para falarem sobre a Moda, com uma abordagem provocativa.

Convidados:

Professora Dra. Nízia Villaça - Professora Titular da ECO/UFRJ; Pós-Doutorado em Antropologia Cultural (Paris V, Sorbonne); Doutorado em Teoria Literária (UFRJ); Pesquisadora do CNPq e da FAPERJ; Coordenadora do grupo de pesquisa ETHOS: Comunicação, Comportamento e Estratégias Corporais; Membro da pós-graduação da Escola de Comunicação e do Programa Mídia e Mediações; autora de vários livros e artigos, entre os mais recentes “A edição do corpo: tecnociência, artes e moda”; Mixologias: comunicação e o consumo da cultura”

Dr. Barbara Szaniecki (UERJ/RJ). Graduada em Comunicação Visual pela École Nationale Supérieure dês Arts Décoratifs, mestre e doutora em Design pela PUC/RJ. Tem ampla experiência prática na área de Design. Atualmente é co-editora das revistas Lugar Comum, Global/Brasil e Multitudes. É autora do livro Estética da Multidão

Profa. Dr. Lívia Barbosa (UFF/RJ). Graduada em Museologia plea Museu Histórico Nacional, Ciências Sociais (UERP), mestre em Ciências Sociais pela University of Chicago, doutora em Antropologia Social (UFRJ), pós-doutorada pela Universidade de Tóquio e pela Museu Nacional (UFRJ). Atualmente é Diretora do Centro de Altos Estudos de Propaganda e Marketing da Escola Superior de Propaganda e Marketing e Professora do departamento de Antropologia e do Programa de Pós Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal Fluminense

Coordenação de mesa: Profo. Dr. Giuseppe Cocco (UFRJ/RJ). Graduado em Sciences Politiques (Universite de Paris), Scienze Politiche (Università degli Studi di Padova), mestre e doutor em Science Techologie ET Societé - Conservatoire National des Arts ET Métiers e em História Social - Université de Paris. É professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, membro da Pós-Graduação da Escola de Comunicação e do Programa em Ciência de Informação (Facc-Ibict). Editor das revistas Global Brasil, Lugar Comum e Multitudes.

2o. painel (05/10 - 19h00)

Memória da Moda: construindo valores para a identidade da marca
Exposições em torno da Memória enquanto prática museológica e como variável estratégica empresarial.

Convidados:

Luiza Marcier -Museu da Moda. Coordenadora do Projeto do Museu da Moda (RJ) na Secretaria da Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Estilista, tem sua marca A Colecionadora e é sócia da Bairro Estamparia. Graduada em Design (UERJ) e pós graduada pelo IBModa. Professora do curso de Design da PUC/RJ.


Lucia Acar - Caso Instituto Zuzu Angel. Membro do Conselho do Instituto Zuzu Angel, professora e pesquisadora no curso de Design de Moda IZA/UNESA, onde desenvolve projetos acadêmicos na área de Estética, Design e Sustentabilidade. Doutoranda em Sociologia, no IUPERJ e Mestre em Ciência da Arte - UFF. Membro do Comite de Honra do Design Latinoamericano e do Comite Editorial da Faculdade de Comunicação e Design da Universidade de Palermo, em Buenos Aires, Participa como membro da ACLAL – Academia de Letras Lusófonas de Lisboa e integra o Foro de Escuelas de Diseño em Palermo desde sua fundação.


Vladmir Sibylla - Memória Empresarial. Graduado em Museologia (UNIRIO) com especializações em Sociologia Urbana (UERJ) e em Marketing (UCAM), mestre em Ciência da Informação pelo convênio UFF/IBICT e doutorando pela UFRJ. Possui MBKM em Gestão do Conhecimento e Inteligência Empresarial (CRIE/COPPE/UFRJ). Atuou por mais de 10 anos na Osklen, primeiro como gerente de marketing e depois como gerente do departamento de Relações Corporativas.

Coordenação de mesa: Patricia Sant'Anna – Graduada em Ciências Sociais, mestre em Antropologia e doutora em História da Arte (Unicamp), especializada em Museologia (USP). Fundadora e Pesquisadora do Grupo de Estudos de Arte, Design e Moda da Unicamp; autora de diversos capítulos de livros e artigos sobre arte, design e moda. Atua como Diretora de Pesquisa da TENDERE - Pesquisa de Tendências de Moda e Beleza (www.tendere.com.br). Professora em cursos de graduação e pós-graduação de moda.


3o. painel (06/10 - 16h00)

Design como fator de diferenciação

Convidados:

Ricardo Leite- é carioca, designer e sócio-diretor de criação da Crama Design Estratégico, atualmente uma das maiores agências de design do Brasil, com unidades no Rio de Janeiro e São Paulo. Realiza projetos para clientes como: Oi, Vale, Petrobras, TV Globo/GloboNews, H.Stern, Technos, AVON, Instituto Alpargatas, O Globo, entre outras. É Professor da UniverCidade - Centro Universitário do Rio de Janeiro desde 1994. Autor de livros sobre design, com destaque para: Ver é Compreender, o design como ferramenta estratégica de negócio, prêmio Jabuti 2004 como melhor livro brasileiro na categoria Comunicação e Arte.

Felipe Caprestano - Designer da Dalila Têxtil e responsável pelo blog Face Couture, endereço online onde documenta o processo criativo de sua coleção: não de roupas para usar no corpo, mas sim de couture para vestir no rosto.

Karlla Girotto - estilista e consultora de moda há mais de onze anos. Aos 24 anos lançou a marca que levava seu próprio nome e passou a desfilar suas coleções no SPFW, Fashion Rio e na Casa de Criadores por onze edições consecutivas. Também atuou junto a empresas como Ellus, Reinaldo Lourenço, Absolut Vodka, House of Erika Palomino e assinou a direção criativa para os desfiles da Animale e Cavalera. Participou e assinou editoriais de grande relevância no circuito fashion: Vogue Brasil, Elle, Nova, entre outras.

Coordenação Mesa: Cláudio Freitas de Magalhães - Graduado em Desenho Industrial (PUC/RJ), mestre e doutor em Engenharia de Produção (UFRJ). Mantém atividades e pesquisas nas áreas: design estratégico, inovação tecnológica, política governamental de design, gestão do design de moda e de jóias, empreendedorismo em design, especificação de produtos, pesquisa de tendência em design e artesanato com design. Coordenador da Pós Graduação em Design PUC/RJ.

4o. painel (06/10 - 19h00)

Identidade de Marca - marca como fator gerador de negócios



Rony Meisler - Reserva

Criou a marca carioca de moda masculina em 2003, com mais dois amigos. Largou sua carreira anterior para se dedicar à moda após obter sucesso nas primeiras roupas que foram produzidas. A Reserva passou a fazer parte da Fashion Rio logo no início, após um processo seletivo para novos estilistas.

Hoje, além de apresentar coleções na semana paulista de moda, possui 13 lojas próprias, além

da Reserva Mini. A marca também é comercializada em mais de 420 multimarcas.



Luiza Bomeny - Maria Bonita

Formada em desenho industrial com ênfase em Comunicação Visual (PUC/RJ), pós graduada em Product Management no Instituto Marangoni em Milão. Iniciou sua carreira como trainee no grupo Versace. Atualmente é consultora de marketing e estilo da marca Maria Bonita.

Coordenação Mesa: André Robic. Diretor executivo e professor do IBModa. Palestrante e consultor, especialista em tendências e comportamento do consumidor. É presidente do I-Moda e editor executivo da Revista Digital Antennaweb. Doutor e Mestre em Administração com ênfase em Marketing pela FEA/USP. Especializado em Comportamento do Consumidor na Moda pelo Fashion Institute of Technology, New York University. Especializado em Administração pela FGV/SP e em Marketing pela ESPM/SP. Foi executivo em empresas nacionais e multinacionais nas áreas de vendas e marketing. É professor nas principais escolas brasileiras de cursos de MBA.

* programação em processo de confirmação