sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Impressões do Congresso EmTech Brasil pela primeira vez no Rio de Janeiro


#emtechbr twitter 
A escolha do ambiente, Cidade das Artes na Barra não poderia ser melhor, apesar do trânsito que infelizmente já virou rotina para os cariocas, valeu muito a pena ver de perto e por dentro da construção imponente e desconcertante em suas linhas e volumes distribuídos de forma quase aleatória em um diálogo com a cidade e a natureza, mix que dispensa comentários quando se trata do Rio de Janeiro.
As palestras foram bem coordenadas, na maioria das vezes com visões complementares, poucas tiveram discursos antagónicos, que tiveram também sua importância dentro de um cenário em que certezas absolutas não permitem uma visão global, macro e complexa.


Cabe dizer que tais impressões são fruto de uma visão particular, não como pesquisadora e sim entusiasta do movimento do empreendedorismo que ocorre mundialmente. Pude ir como imprensa para fazer essa cobertura de impressões neste blog. No evento havia muita gente da PUC (pesquisadores e alunos), funcionários e empreendedores do Instituto Gênesis assim como diversos perfis de entusiastas de outros estados e países. 
A abertura do evento teve fala do diretor da MIT Technology Review - Jason Pontin, e teve como questões balizadoras os temas: Como vencer os desafios dos próximos anos? Como ter água, educação e prevenção de doenças em 2050?
"Tais questões são um tremendo desafio, a reposta nós não sabemos mas algumas soluções podem mudar radicalmente a vida das pessoas e essas soluções são parte de um esforço global que podem vir muitas vezes de novos empreendedores ao redor do mundo".
Teve a presença ainda de representantes do governo do Rio e prefeitura com patrocinadores como a Finep, o tônica central dos discursos girou em torno da integração da cidade olímpica, Rio 450 anos com planejamento estrarégico integrado a universidade, empresa, governo e sociedade para gerar a inovação. O desafio é tornar o Rio patrimônio do mundo não só pela sua beleza mas sim pela inovação, gestão, informação em tempo integral e plano de mobilidade.

        Viver em uma Cidade Inteligente, hoje.

No primeiro painel composto por Erin Baumgartner e Pedro Junqueira (moderado por Ronaldo Lemos):
Erin (diretora adjunta do Senseable City Lab do MIT) falou de sua pesquisa de como sistematizar as informações sobre a interface entre cidades, pessoas e tecnologias para implementação de escalas urbanas, organizacionais e individuais. A apresentação mostrou diversos mapas de trânsito de pessoas que podem por exemplo ajudar a colocar no lugar certo mais taxis onde as pessoas precisam, tudo isso usando inovação e Big Data. Para tal ela usa o Design como facilitador para mostrar de forma inteligível para que seja um mapa interativo. Foi perguntado a Erin sobre como podemos melhorar a tecnologia para que não aconteça por exemplo do Waze mandar o motorista entrar em uma rota perigosa como em pontos de drogas, como tratar essa interação em países com tais problemas - países em desenvolvimento. Para Erin isso é irônico pois em muitos países em desenvolvimento muitas vezes há um salto tecnológico, a tecnologia chega de ponta, as vezes mais avançada que nos EUA, como é o caso (citou um case) da Africa.
Pedro Junqueira, chefe executivo de Resiliência e Operações, Prefeitura do Rio de Janeiro: Pedro contextualizou a escolha do termo "Resiliência" usado com sentido de prevenção e proatividade já que existia uma cultura na cidade de "apagar incêndio" o tempo todo e isso acabava colocando em segundo plano as ações de planejamento de prevenção de acidentes e acontecimentos que precisam de atenção. Foi perguntado a ele sobre a questão da privacidade em relação ao centro de operações, a resposta foi que muitos dados fornecidos por parceiros como os novos empreendedores são mantidas em sigilo e não são repassados (ele garantiu pessoalmente isso), exatamente por este motivo eles apoiam que novos empreendedores conquistem seu lugar ao sol para ajudar a implementar sistemas que complementem as demandas da prefeitura, em especial do Centro de Operações.
Ao ser indagado sobre o acesso as centrais ligadas a prefeitura que confundem as pessoas (diversos números e setores) foi dito que o maior medidor de acontecimentos com impacto na cidade ocorre através da parceria entre a sociedade (o cidadão comum) e a imprensa, no que o twitter seria um ótimo medidor para alertar ocorrências. Neste caso ficou estranho, comentários sobre "vou ensinar meu pai de 80 anos a mandar um twitter para o Centro de Operações" surgiram. Em tempo, este é o Twitter alert: #operacoesrio para comunicação.

Tecnologia e inovação de uma perspectiva governamental - Estados Unidos e Brasil  

 Kenneth Hyatt, Subsecretário adjunto de Comércio Internacional do Departamento de Comércio dos EUA. A ideia principal para inovação é comercializar ideias, o que as companhias precisam para criar oportunidades incluindo pesquisa (P&D), integrando universidades, investindo em educação ciência e tecnologia para compor a inovação. Eles fazem investimentos promovendo  linhas de suportes de inovação, um exemplo de Open Data Service de tempo (meteorologia) nos USA. Para ele o governo pode inovar quando dá subsídio a inovação.
Luis Manuel Rebelo Fernandes, Cientista Político. O Brasil como em desenvolvimento não tem o mesmo nível de inovação em termos de tradição. Para eles (USA) como lugar de inovação o estimulo a inovação é sistemático, cada vez mais para a potencialidade de competição. Mesmo um país como USA vc precisa do suporte do governo, (imagina no Brasil?), por isso precisamos de programas públicos de suporte em inovação do governo em parceria com universidades e instituições como Cnpq, Finep, Capes, para ter instrumentos para promover inovação junto com empresas como Petrobrás. Com relação a novas empresas, as Startups, como menor risco de inovação o governo tem que dividir esse risco para ajudar esses empreendedores. 
A inovação pode ajudar a democratizar a tecnologia social, com a ciência e a tecnologia temos instrumento para melhorar a diferença social e gerar impacto real.  

Mediador: Como encarar os desafios do aquecimento global? 
Kenneth: Temos que adaptar soluções e identificar mais para onde as coisas vão, investir em onde as coisas das industria vão parar e quais os problemas as empresas estão enfrentando para energia eficiente. 
Luis: As condições para enfrentar tais desafios a partir de novas tecnologias são o apoio público, precisamos inovar em programas, agora já temos como incubar negócios em universidades (Instituto Gênesis por exemplo), investir em programas para iniciar uma parte desse movimento para fazer parte de materializar isso, temos o mesmo objetivo, trazer novas práticas  tecnologias e conceitos de mercado, acho que isso é desafio no mundo, trazer inovação para promover crescimento econômico na sociedade. 
Kenneth: Temos que trabalhar para simplificar o entendimento entre as empresas tornar fácil para os negócios, simplificar, trazer o Terceiro Setor, promover a comunicação e regularizar pequenos empreendedores. 

Big data e medicina personalizada

Renata Coudry, coordenadora médica do Departamento de Anatomia Patológica do Hospital Sírio Libanês
Leo Celi, fundador e diretor de MIT Sana
Moderado por: Kathleen Kennedy, presidente da MIT Technology Review e do MIT Enterprise Forum.
Renata: Mostrou como que a tecnologia diminuiu os custos para pesquisa na medicina, o  foco dela é a pesquisa sobre o o câncer. O que esperamos com isso? Que nós como indivíduos precisamos saber mais sobre nós mesmos, mapeando nosso corpo, células etc. precisamos aprender mais, dividir mais, precisamos mudar a forma de pensar, mudar o entendimento da medicina hoje, temos que inovar no jeito de pensar pois fazemos o mesmo há muito tempo.
Leo Celi: Health Care não é só sobre doenças, tem muito com o social, estilo de vida, economia, tecnologia. Ele quer nos próximos 5 anos ouvir mais sobre inovação em medicina personalizada e sobre colaboração entre países. 
A plateia fez uma pergunta sobre o conflito de interesses entre a indústria que lucra com a doença, como podemos evoluir nesse contexto: A reposta foi que a prevenção é a chave pois temos esses dois lados, contudo, a prevenção é muito difícil, é um desafio com muitos obstáculos.

        Demonstração: impressão 4D

Infelizmente o palestrante Skylab Tibbits, Diretor do laboratório Self-Assembly do MIT não compareceu, foi passado um video em que ele gravou seu processo de trabalho no lab, quem desejar obter o audio completo da sua fala entrar em contato com janaramorenna@yahoo.com.br, seguem algumas impressões e imagens: Seu trabalho consiste em desenvolvimento e experimentação de tecnologias de automontagem e materiais programáveis. Vimos construções de objetos que se auto organizam no espaço, como por exemplo cubos que ao flutuarem no ar podiam ir se reunindo de forma a formar um cubo maior e exato. Tais experimentos são realizados a partir da observação de materiais orgânicos (na natureza). 




Inteligência Artificial

Laisa de Biase, Pesquisadora do Centro Interdisciplinar de Tecnologias Interativas da Universidade de São Paulo (USP)
Moderado por: Naldo Dantas, Secretário Executivo da ANPEI- Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras.
William Mark, Vice-presidente da SRI International: 
Para o Willian o desenvolvimento de novas tecnologias como pesquisa não tem foco comercial pois este seria um fator que atrapalha muito a inovação na interface com as instiuições de ensino, mas eles contam com a ajuda de parceiros. Fiquei impressionada com um exemplo de inteligência artificial (vídeo exibido) em que um casal esta fazendo compras e a mulher fica perguntando ao marido coisas tipo: quantas pessoas vão ao jantar, o que tem na geladeira e quanto podem gastar, ele fica respondendo tudo até que aparece a máquina que substitui essa tarefa chata (as feministas mais ouriçadas certamente não iam achar o exemplo dos melhores, quem disse que são os homens que dão conta dessas questões? E se sim então poderiam ser descartados nesse quesito de "utilidade" rs). Para não entrarmos em discussões polêmicas vou focar na mensagem principal: Com inteligência artificial ganhamos tempo em não nos preocuparmos com atividades domésticas cotidianas.
No futuro (bem próximo) vamos ter as maquinas que vão entender nossas emoções e isso ajudará muito a otimizar tempo e resolver problemas. A barreira maior entre maquina (robô) e humano é a confiança.

Como a tecnologia mudará o telejornalismo 

Rafael Coimbra, repórter especial da GloboNews e coordenador do Labmidia.com
Jason Pontin, diretor e editor da MIT Technology Review  
A fala do Rafael foi muito empolgante, ele é um ótimo palestrante e conseguiu da ruma boa ideia do que esta por vir: Realidade virtual ao vivo? pode ser uma pessoa mas pode ser um drone. Além de ver como quero, do angulo que quero com realidade virtual, porque não sentir? (uiii). - Rafael falando da co-autoria e quase que co-design do jornalismo interativo com uso de tecnologias como robótica, realidade virtual, 3D etc.)
E por que não automação? já tem jornalista robô, vão trabalhar assim com jornalista e multimídia, por exemplo para detectar padrões de twitter para mapear onde esta dando impacto? O Periscope, por exemplo, precisa de inteligência artificial. Vai ter bizarrices do tipo roubar as expressão de outra pessoa usando o avatar dela (a cara dela).
Qual o futuro do jornalista?  Trabalhar com multiplataforma, multimídia como gerenciador não “jornalista”, essa palavra é arcaica, vem de jornal. Essas novas tecnologias podem ampliar para diversas áreas, eh uma nova revolução que esta vindo.

 Reformulando o modelo educacional   

Israel Ruiz, Vice-presidente e diretor financeiro do MIT
Carlos Vogt, presidente da Universidade Virtual do Estado de São Paulo - UNIVESP
Claudio Sassaki, fundador de Geekie
Moderado por: Pedro Moneo, diretor da MIT Technology Review em Português
Esse painel foi dos mais interessantes, pela dicotomia: de um lado uma visão crítica sobre o ensino e propostas realmente inovadoras e de outro uma repetição do modelo tirando do analógico (sala de aula) e levando para o virtual, isso seria inovação? 
Para Claudio Sassaki o ensino no Brasil não funciona e os brasileiros não aprendem nada. O crescimento de aprendizado do brasileiro é pior que o da Africa e isso impacta a economia por não transformar em produtividade.
Educamos em um modelo em série (massa) com formato para todos tratando de forma igual  pessoas diferentes que podem ser gênios mas não acreditam no seu potencial por conta da disciplinalização. Mandamos nossos filhos para escolas com modelos criados no século 19, a Geekie (empresa criada por ele) usa inteligência artificial para apreender como a pessoa aprende, inverte o processo de ao invés do aluno se adaptar ao conteúdo, o conetúdo se adapta a forma da pessoa aprender melhor.  
Pessoalmente achei a fala dele muito inspiradora com uma contrapartida incrível social, alem de mensurar a real transformação do aluno em termos de qualidade ele replica o método sem custo para alunos da rede publica de cada aluno pagante.
Carlos Vogt: Falou muito de flexibilidade usando diferentes gadgets de informações com aulas virtuais. Em resumo mostrou muitos dados estatísticos e uma proposta de revolucionar o desafio da inclusão na educação por meio do EAD, também inspiradora a fala mas a impressão que dá (opinião) é que um esta mais preocupado com a quantidade e o outro com a qualidade. 
O ensino que hoje é ultrapassado, cujo sistema verticalizado coloca as pessoas dentro de disciplinas excludentes e há um gap de trocas entre as ciências. De um lado vimos um projeto audacioso com muitos big numbers, muita apoio de fomento, Estado de São Paulo etc, com foco em aumentar estatísticas de inclusão no ensino. Do outro lado ouço a critica com relação aos RESULTADOS do sistema em voga e propõe um novo modelo testado e comprovadamente eficiente, Edgar Morin (pai do Pensamento Complexo pode iluminar mais essa questão), então pergunto (ninguém conseguiu fazer perguntas ao final do painel por falta de tempo):
1- Qual a inovação para além da troca da sala de aula para a plataforma multimída (virtual)? 
2- Como o palestrante Carlos garante a entrega com qualidade? 
3- Como mensurar isso? Se o aluno aprendeu?

Segundo dia (19/11) 
Tecnologia e prevenção de desastres
Victor Marchezini, Pesquisador Adjunto do Cemaden
Moderado por: Lindalia Reis, membro do Comitê de Inovação da ANPEI e Singularity University Fellow 2010
David Gascón, Co-Founder & CTO at Libelium  
Para Vitor infelizmente não existe a cultura de prevenção de desastres no Brasil, talvez por conta de mitos que o imaginário cultural produz como por exemplo de que no país não estaríamos sujeitos a problemas como terremotos, maremotos, tsunamis dentre outros. Hoje sabe-se que podemos sim ser expostos a problemas deste tipo, talvez influencia dos efeitos do impacto ambiental, estufa etc. A questão que emerge é: que tipos de tecnologias estão sendo usadas para previnir isso atualmente? Como trabalhar para  redução de problemas naturais, eventos extremos de chuvas etc? A resposta mais sensata esta na investimento para que haja inovação neste segmento.
Explorando novas fronteiras por meio da transformação de  ideias em impacto comercial 
Marco Muñoz, diretor de Iniciativas Globais no MIT

Andre Limp, supervisor de Projetos Setoriais da Apex 

Marco Munoz iniciou a fala apontando alguns números: 76 brasileiros estão hoje no MIT: "precisam de mais". Mesmo sendo uma escola pequena com somente 5 unidades  no mundo, o MIT possui 85 prêmios Nobel. Hoje conta com a escola de humanas pois sem humanas "você não pode ter líder e não pode mudar o mundo".
O sucesso precisa ser pautado no “do good”, ou seja, não importa o que você faça, que seja bem feito e para resolver grandes problemas do mundo. Precisamos de colaboração para isso, “mão e mente”: todos podem ter um grande projeto o jeito de desenvolver e implementar deve envolver a mente e as mãos (o famoso mãos a obra).   
Como conseguimos ser incríveis sendo tão  pequenos? Porque colocamos todos os alunos juntos trabalhando na interdisciplinaridade para resolver os problemas juntos (a fala dele lembra muito a forma como o design junta varias áreas da ciência fazendo a interface entre elas). 
Citou algumas contribuições do MIT no mundo: 
3D printer / bioengineering / www / radar / escolas diversas: Cal Tech, Babson, Singularity, ITA (Brasil) / mais de 100 patentes de somente um professor. 
O legal é que eles tem tudo isso (startup, revista, TLO, escolas etc e eles não tem medo de errar, assim como eles não tem interesse em ficar ricos, o dinheiro nunca está em primeiro plano).
Com relação as patentes,  eles ficam com quase tudo, o inventor ganha uma porcentagem pequena, igual acontece na PUC porque eles assumem o risco e a proposta é a contrapartida social e altruísta: "ideias são como commodities, bancar essas patentes é um bom negocio para o MIT? depende".
Pergunta: vimos crianças pequenas assistindo astronautas em sala de aula,  como internacionalizar isso pois uma experiência dessa se leva para vida...  Resposta: A universidade é boa porque faz boa escolha de seleção de alunos, tem que ter uma boa ligação entre universidade e escola ensino médio, o governo tem fantásticas ferramentas que não são usadas, não podemos ter medo de usar essas ferramentas, eles (MIT) são tão pequenos e conseguem fazer coisas incríveis então com colaboração podemos fazer o mesmo. 
Pergunta: Nao temos patente de software apenas registros, isso causa atraso para o Brasil? Resposta: O desafio das leis são adaptação e aplicação delas (recomendo ler mais as leis para darem subsidio para industria). 
Pergunta: Como ocorre a propriedade intelectual se as duas instituições trabalharem juntas? (BR + MIT): Resposta: A patente é muito cara, tem a licença que eles usam, as pessoas pessoas que vão ate ela são estudantes, quando MIT paga pela patente eles ajudam os estudantes a montar startups, por isso existem tantas lá, os estudantes tem facilidade, não para fazer dinheiro (senão perde tempo) tem que ter uma missão maior para além de ganhar dinheiro, se isso acontecer é fantástico, se os estudantes não usam a licença por alguns anos eles tiram a licença para outros usarem, eles querem implementar não lucrar, gerar contribuição para sociedade. 
Pergunta: O Brasil poderia lucrar muito mais se seguisse o exemplo do MIT, eles poderiam fazer algum projeto aqui? Resposta: Eles não gostam de ter unidade fora de Boston, eles trabalharam em Singapura e foi maravilhoso mas eles não querem criar mais MIT, eles querem que nós criemos aqui as nossas porque acham que os problemas do Brasil precisam ser resolvidos pelos brasileiros. "Indivíduos podem mudar as coisas e não instituições. Vocês podem mudar tudo, fazer melhor, vejam quantos exemplos aqui..." (referindo-se aos empreendedores ganhadores dos prêmios com menos de 35). 
Pergunta: Sobre a insegurança de ter uma ideia roubada, plagiada: Não tenha medo de alguém roubar suas ideias, proteja-a mas comece a trabalhar porque ideia é commodities, eles “roubam" a sua ideia para outra e outra ideia…
Palavras finais, muito inspiradoras:
"Nós temos muito pouco tempo nesse mundo e algo que pode nos fazer feliz é fazer inovação!" (inovação como legado de vida). 
Cerimônia de premiação dos Inovadores com menos de 35 Brasil

Internet para todos 
Alberto Paradisi, vice-presidente de Pesquisa e Inovação do CPqD - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações
Pedro Doria, colunista de tecnologia do O Globo
Moderado por: Pedro Moneo, diretor da MIT Technology Review em Português 
Pedro nos deu uma contextualização do momento no Brasil e mundo: 
Onde estamos agora? Somos 95 milhões de usuários, metade dos brasileiros usam rede social: exemplo 21 minutos por dia de redes sociais, mais que USA. Celular representam hoje 23% usuários tem internet, 75% dos celulares vendidos são smart phone, mais da metade usa whatsapp (90%), mas tudo pertence ao Facebook e a outra metade ao Google. Usamos o celular a toda hora literalmente (nossa segunda tela após a retina).
Browser vs apps? 86% usam browser. Vai vir dinheiro para internet de outros veículos (falando de aproximadamente 12 bilhões de reais de $ publicitário). Estamos entre os 10 maiores mercados de e-commerce do mundo, ainda ocupa share pequeno de 4% comparado com varejo comum. A crise pegou menos cresceu 15% o que é um crescimento enorme.
Moda e beleza se torna o principal alvo do e-commerce e vira habito geral, por isso, grandes empresas vem de fora para participar dessa consolidação de mercado. Tem muita  grana para vir mas ainda atem gap, se comparar com Israel é ridículo o crescimento.
Alberto Paradisi:
A internet explodiu no começo dos anos 90, a pauta dela é mais ampla que a inovação, envolve muitas variáveis. 
Compartilhamento é uma boa estratégia. Para conectar as pessoas que não têm acesso ao serviço de banda larga na internet, eles fizeram experimentos com balões etc, como será daqui a 50 anos, se tiver internet de graça daqui uns anos como será? Estamos no meio da quarta geração em direção a 5’ geração por volta de 2020, 2 paradigmas: aumentar a capacidade, na indústria para quem pode pagar. Para tal precisa ter mais equipamentos proporcionando mais velocidade, mas isso não ajuda aos que não tem conectividade. 
Para Pedro o futuro da industria de celular, qualquer coisa é chute para essa previsão, em países como USA já existem avanços, a conectividade tem margem de lucros menores que passa para compra geradores de conteúdo que existe mais dinheiro a ser feito (as pessoas querem consumir música, filmes, séries etc), então vender cisas através da internet é mais lucrativo. No Brasil ainda há um gap, as empresas ainda vendem estrutura, não há ainda a consolidação nos próximos anos. Provavelmente não dirigiremos e conversaremos através de hologramas etc como imaginou-se.
Um sonho? Internet intensiva de dados para promover projetos inovadores, cidades inteligentes: as tecnologias podem ser facilitadores - Alberto 
Crítica: o governo por taxar muito as tecnologias, a barreira de entrada que gera uma desigualdade gigantesca, por que tecnologia é gerador de oportunidade.
Ecossistemas de inovação e capital inteligente
José Eduardo Azevedo Fiates, diretor geral da CVentures Empreendimentos Inovadores e Participações
Sumeet Jain, diretor de Intel Capital
Roberto Kanter, diretor Executivo da Canal Vertical
Moderado por: Renata Guinther, superintendente da Área de Investimento (AINV) da Finep
José iniciou a fala fazendo uma contextualização sobre o INEI : Instituto Nacional de Empreendedorismo e Inovação (formato Oscip).
Para Jose, trabalhar com recursos acadêmicos e com recursos de mercado (parceria com alguns fundos e angels) é a chave para inovação.  Ele tem uma aceleradora 2.5 que mistura o 2' setor com o 3' setor, busca impacto social mas tem que ser auto sustentável (a incubadora tem que ser auto sustentável). Para ele a única maneira de crescer é através de educação. Possuem uma plataforma de QDI para avaliar métricas do desempenho e novação dentro de um ambiente, os projetos são colocados lá e mentorados por eles, o papel do INEI é estimular  o empreendedorismo no Brasil. 

Sumeet Jain, diretor de Intel Capital

Diz o diretor da Intel que hoje eles preferem investir em mulheres empreendedoras :) 
O empreendedor no Brasil é um herói, ele tem que responder muita burocracia, modelos com vários nomes diferentes, com isso ele perde tempo, paciência e tem que ter criatividade… Se ele perde tempo, fica sem paciência e perde a criatividade. 


 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Cobertura do maior evento de inovação (MIT Technology Review) no Rio de Janeiro

Nos dias 18 e 19 de novembro o Rio de Janeiro irá receber o evento EmTech Brasil 2015 (Encontro de inovação da MIT Technology Review) pela primeira vez no país e reunirá especialistas em tecnologia de todo o mundo. 

Por que estarei neste evento?

Primeiro porque se trata do mais importante encontro sobre tecnologias emergentes e inovação organizado pela MIT Technology Review, a revista do prestigiado Massachusetts Institute of Technology (MIT), que é a mais antiga do mundo em seu segmento, em parceria com a Finep.

Segundo, porque como pesquisadora, (doutoranda no Departamento de Artes e Design da PUC-Rio) e selecionada pelo Instituto Gênesis (IEL/ Firjan) no Meu Futuro Negócio, tenho interesse em aprender e me atualizar em pesquisas e projetos nas áreas relacionadas ao empreendedorismo, educação e inovação. 

Por que  farei a cobertura no blog?

A cobertura no Blog é uma forma de indexar a informação colhida nos dois dias para fins de pesquisa e aprimoramento profissional. A divulgação faz parte de uma escolha pessoal (economia colaborativa e contrapartida social)  <3 nbsp="">

A conferência:
Tem como slogan O futuro da tecnologia, contará com a participação de conferencistas brasileiros e estrangeiros, que debaterão com 800 cientistas, empresários, jovens inovadores, pesquisadores e empreendedores as mudanças tecnológicas e suas tendências, aquelas que transformarão o futuro.

Temas de destaque:
Energia nas cidades, indústria aeroespacial, água e tecnologia, educação do futuro, desafios da medicina, inovação empresarial, dispositivos inteligentes, inteligência artificial, e moedas virtuais e e- commerce, entre outros.

As conferências EmTech acontecem nos Estados Unidos, México, Equador, Colômbia, Espanha, Singapura e Hong Kong. 

Os 800 participantes poderão conviver, durante dois dias, com professores do MIT, representantes do Media Lab (mais importante centro de inovação do planeta, que fica no MIT), e destacados especialistas brasileiros, professores locais e estudiosos de inúmeras áreas do conhecimento. Também haverá uma área de demonstração de protótipos de produtos e demonstrações de novidades tecnológicas de parceiros do evento.

A EmTech Brasil conta com o patrocínio institucional da FINEP, com patrocínio global e Venture Point da Apex-Brasil, patrocínio global do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, patrocínio inovador da B2W e patrocínio da Embratel / Claro. Tem também o apoio institucional da Prefeitura do Rio de Janeiro / Fundação Cidade das Artes e Sebrae, e o apoio institucional regional do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Mais informação:
www.emtechbrasil.com @EmTech_BR / #emtechBR @techreview_br

FB: /emtechBR FB: /brtechreview


Este é o link do programa, acompanhe no blog as atualizações e cobertura da conferência.