terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Metier da Moda (2005/2006)

Esta página está em construção.


 Em breve release do evento com créditos (parceiros, colaboradores e amigos do evento)









Projeto Da Cris Iannacconi







segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Mídias sociais

Faz algum tempinho, ouvi um jovem britânico chamado Lucian Tarnowski falar sobre a importância das mídias digitais para transformação social e principalmente para a geração e difusão de conhecimento. O jovem estiloso já ganhou vários prêmios importantes - resultados do seu trabalho com mídias sociais. Ouvi suas compreensões no Fórum que participei de sustentabilidade e comunicação, esse ano no Vivo Rio.
De lá pra cá me questionei sobre quão importante tem sido essa transformação, soube de alguns estudos a respeito e observei que a questão foi tema de muitas pesquisas e palestras no ambiente acadêmico. Senti falta de alguma reflexão que transpusesse a esfera dos mais engajados e colocasse toda a população por dentro de algumas questões relevantes, como por exemplo, pensar a super exposição do indivíduo, as possibilidades de modelagem da sua própria imagem, a aceitação ou diferenciação do ator social, etc. 

Mais adiante ouvi falar de uma tese do Bauman intitulada “Vida para consumo”, no ensaio o pensador defende que, por exemplo, entre os jovens as redes funcionam como parte do convívio social, que esse modelo é confessional e quem está de fora e não se expõe fica marginalizado. Bauman diz que o homem se tornou um produto cuja imagem é modelada de acordo com o contexto social que ele vive: “Na sociedade de consumidores, ninguém pode se tornar sujeito sem primeiro virar mercadoria”.
Acabo de ver o trailer de um filme que aborda o surgimento do facebook, já era tempo! Não sei como será a abordagem do filme "The social network", se terá aquela fórmula americana “começo-meio-fim- moral- da- estória - adolescentes - desafios- herói americano”, como pano de fundo, mas acho que a proposta gerará muitas discussões em torno desse tema que deve ser mais aprofundado e discutido por todas as esferas da sociedade, buscando sempre o viés crítico e altruísta para despertar nos jovens o anseio de usar essas ferramentas em prol de iniciativas altruístas como a difusão e intercâmbio de conhecimento e a reflexão sobre temas de relevância.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

Evento que participarei com algumas telas dia 13 de julho de 2010.


ARAKA -Quem tem medo da Aracy?

Terça dia 13 de junho na Gávea.

Criado pelo artista plástico Michel Mendes, ARAKA é um encontro de artistas cariocas que levanta a questão "Quem tem medo de Aracy de Almeida?" Trata-se de uma brincadeira com o temor do artista de ser criticado.
O evento multiarte ocorre mensalmente no 00 sempre com a participação de poetas ,estilistas ,cineastas, bandas, djs, artistas visuais , performers e quem mais se atrever a encarar a saudosa cantora e cruel critica dos shows de calouros.

Os convidados desta edição sâo:
Na pista os djs Nado Leal e Rodolfo Sandzer (Zarppo)
Show com as bandas: Avec Silenzi e DKV
O poeta Tavinho Paes e seus convidados.
Caricaturas durante o evento com Adam Rabello.
Os fotógrafos :
Gabriel Borges
José Palma
Lucas Magno
Marcelo Carrera
Mariana Quintão
Rodrigo Bastos
Joias com: Deborah Netto.
Exibiçao do curta :Through It. - Dir: Gabriel Borges (7'15")
Video Arte com:Marcela Antunes e AnaKlaus
TEC- Jogos de improviso da peça A Batalha do Saara (Teatro dos 4)

Exposiçao com os artistas visuais:
Adam Rabello
Alexandre Gama
Bia Feital
Bianca Tupinambá
Carlos Paboudjian
Filipe Agnelli
Janara Morenna
JBatista
Juliana Ribeiro Wähner
Leonardo Monteiro
Leonardo Viana
Marcello Rosauro
Marcos Couto
Mariana Liberali
Marianna Gomes
Mark Feddersen
Patricia Porto
Piti Tomé
Priscila de Moraes
Rique Inglez
Ronaldo Occy
Thiago Tavares
Vanessa Jansen
Participações espontâneas e convidados surpresas são sempre esperados!
Serviço :

Araka - Quem tem medo da Aracy?
Dia - 13 de Junho (terça-feira)
Hora - 20h
Local – 00, Av. Padre Leonel Franca, 240 – Gávea (2540-8041)


Fotos

sexta-feira, 4 de junho de 2010

amigo Ferrado pela ferrari,



Ouvi o relato de um amigo que comprou umas camisetas da marca Ferrari e depois se ferrou com o cartão de créditos. Fiquei com a estória na cabeça e resolvi escrever o seguinte pra ele:

Querido amigo Ferrado pela ferrari,

Em uma análise que visa somente trocar impressões e não julgar seus impulsos e valores, me referirei a questão do consumo. Tenho estudado o marketing em várias modalidades e a que mais domino ou talvez me impressione creio ser a parte comportamental que é estudada pro consumo.

O valor agregado às marcas, os signos de distinção, discriminação, status, afinidade, afetividade etc, são alguns conceitos que tornam legitima ou não a valorização que se dá por determinado produto e marca.

A maioria de nós recebe passivamente essa lavagem de elementos, pois vivemos em um mundo social cheio de códigos, esse sistema não é sinônimo de liberdade embora se baseie em imagens que muito se assemelham a ela.

Então fico pensando em como pode a gente ser tão vulnerável de mesmo sabendo isso tudo, ainda assim achar o máximo comprar uma simples camiseta feita na China (whatever se foi na Europa , se foi o regime lá de mão de obra com certeza é similar ao chinês, feito em algum pueblo do sul da Europa)... Voltando, gastar rodos (veja bem, sei que preço é algo subjetivo, o valor é intangível) com a desculpa do afeto que temos pelo conceito envolvido... Essa camisa de malha ou sei lá que material, terá uma vida útil, envelhecerá, logo outras mais "bacanas" estarão no mercado, mas nessa hora tudo fica escuro e só vemos a grande oportunidade de consumir um fetiche, um bem que carrega uma carga emocional...

O rico tem o direito de comprar uma camiseta básica de algodão da Diesel por 500,00 no Brasil, o que quer parecer rico quando vê por 499 trata logo de aproveitar - aqui faço uma ressalva, não critico a questão da  liberdade de escolhas... Refiro-me a  idiotice que nos leva a comprar quando sabemos o que há por tras das marcas, independente do poder de compra/ classe social.

Beijos,
Janara.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Eco Fashion Design

Estou em falta com meus clientes, o motivo é nobre: Estou focada na pesquisa moda, mkt e sustentabilidade no momento. Em breve estarei divulgando aqui os resultados de alguns projetos que envolvem esses conceitos.
Enquanto isso quem tiver alguma novidade por favor peço que compartilhe para me ajudar nessa tarefa.


terça-feira, 25 de maio de 2010

III Fórum de Comunicação e Sustentabilidade (20 de maio)

 

Mesa 3: Respeitar e cuidar da Comunidade da vida.
A Marisa Orth realmente é uma figura e conseguiu deixar a platéia menos irritada mesmo após várias tentativas de solucionar um problema com os fones que traduziriam as palavras do ovacionado  Muhammad Yunus (criador do banco dos pobres -  Grammen Bank, e Prêmio Nobel da Paz em 2006).
E as confusões persistiram... (quem vai traduzir o Yunus?)

  A médica Vera Cordeiro (amiga e seguidora do Yunus) se dispôs a fazê-lo, mas na verdade ela foi é se adiantando  para usar logo seus 15 minutinhos de verbo, verboarra, verborragia...  A Dra. Vera fundou a Associação Saúde Criança e relatou os problemas que  a miséria  acarreta defendendo formas de combater o ciclo vicioso (miséria, internação, reinternação e morte – comum entre os pacientes atendidos na pediatria).
Com tradutora a postos Yunus nos contou sua experiência bem sucedida com a criação do banco que dá crédito aos pobres, com foco em mulheres - que conseguem gerar renda e custear o estudo dos filhos que por vez se formam em universidades e através dos estudos conseguem retribuir a sociedade o bem que lhes foi concebido – muitas vezes se tornam empreendedores gerando emprego nas vilas onde nasceram. Falou da nossa responsabilidade individual salientando que nem o governo, nem a indústria nem o terceiro setor conseguirão sozinhos resolver os problemas da crise em que vivemos.

“Toda vez que vejo um projeto com problemas eu
crio outro projeto para solucionar o problema”
  Muhammad Yunus.



Após o break para o lanchinho, o tão esperado encontro com o Leonardo Boff. 

Pessoalmente sou durona e crítica, o Boff fez meus olhos não se agüentarem, os sentimentos entraram em ebulição e senti que diante de mim estava a testemunha viva de um ser que fez de sua existência a missão; mobilizar a sociedade em prol da conscientização altruísta que falta para um mundo melhor.
Religião, cultura, idioma, nada abafava aquelas verdades ditas com força e serenidade. 

Suas palavras incomodavam também, por mexer com aquela parte que dormia, com o íntimo, me senti sacudida com o chamado do professor de ética que ousou em romper com a instituição mais poderosa do mundo para prosseguir com suas pesquisas - hoje difundidas em seus mais de 60 livros que vão da teologia, filosofia à mística e antropologia.  


 “Um ponto de vista é apenas a vista de um ponto”
“Ou fazemos uma aliança global para cuidar da vida ou nos extinguiremos”
“A ética do cuidado é a maior força que se opõe a entropia”

Vieram os debates, o MV Bill se colocou muito bem, sua participação foi bem diferente da dos outros mc´s convidados, senti orgulho do Rio ao ver o nível de articulação do rapper, criticou a indústria cinematográfica que vende inverdades de forma leviana e mercadológica como foi o caso do filme “Cidade de Deus”, que deveria se chamar cidade dos homens  - segundo ele; narrou o resultado do impacto gerado pelo filme e seus reflexos negativos na comunidade que passou a carregar o estigma da imagem permissiva e tendenciosa, que foi hostilizada pela sociedade, que ficou excluída, que sofreu com a violência da polícia alimentada pela ignorância e ilegitimidade.
A gerente de programas sociais da Petrobrás, Janice Dias falou da metodologia que ela usa, do diálogo horizontal e democrático que leva a tirar o cidadão da posição de vítima e da lamentação e abre portas para esse mundo ideal tão falado no Fórum. Disse que desenvolvimento com cidadania requer igualdade de oportunidades – seja regional, local etc.

Falou do case da Petrobrás, da demanda de projetos e dos critérios de avaliação e aprovação  e enfatizou que a Petrobrás acredita na capacidade de gestão das ONG´s – que o problema esta na dificuldade de sistematizar as informações dos resultados dos esforços empenhados.

Mais um intercambio foi aberto com muitas perguntas do público presente e via internet – através de instituições que participavam em tempo real – e em todo Brasil.

A noite encerrou com vários shows com Seu Jorge, Mallu Magalhães, Móveis Coloniais de Aracajú, GOG, Jair de Oliveira, MV Bill e Ferrez.

 
Jovens chegando para o encerramento que continha um conceito simbólico: homenagear a Carta da Terra.
Luzes apagadas, cerveja por 5,00 reais o copo quente (preço nada sustentável...) e  os rappers em cena.


“Um clima de azaração, sensação que pra  informação tem que ter o tal pão e circo senão não há motivação, lamento essa minha geração.” – Janara Morenna.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

III Fórum de Comunicação e Sustentabilidade (1° dia, 19 de maio)

Nos dias 19 e 20 de maio rolou no Vivo Rio um encontro maravilhoso onde vários pensadores daqui e do mundo deram um pouquinho das suas compreensões sobre suas pesquisas e visões do que está ocorrendo conosco, com a terra, ou melhor, “mãe terra”.



O evento estava muito bonito e organizado, foram distribuídos kits com material institucional de algumas empresas apoiadoras como Petrobrás, Banco do Brasil e Vale dentro de uma bolsa feita com lona (espero que a eco-lona) e mais caneta e caderno reciclados.


Começamos o dia com a interpretação da carta da terra em uma cerimônia não muito convencional, digo, era dirigida ao espiritual - onde os elementos água, terra, fogo e ar foram representados figurativamente e mantras eram cantados. Achei bacana a ousadia, só o fato de propor aos convidados que prestassem atenção no ar e na respiração já mudou o ambiente antes agitado.

Falou-se de uma interdependência como forma de vida, a educação moral e espiritual seria a base para uma vida sustentável. O intelectual, artístico, ético e espiritual deverá ser a nova religião (religare, ligar de novo...). Falaram de espiritualidade e fé atrelada ao método; “quanto maior nosso poder, maior nossa responsabilidade” – e a mídia detém poder, portanto, deveria usá-lo mais para dar abrangência às questões e temas do Fórum. A Celina Elena conseguiu emocionar muita gente, outras nem tanto.
A mediadora foi a Mona Dorf e anunciou o quadro de palestrantes do dia.

Começamos pelo jovem londrino (e lindo) Lucian Tarnowski. O jovem de terno escuro, camisa listradinha verde e branco e meias verdes, falou sobre as mídias digitais e como a geração de hoje tem o poder de difundir conhecimento através da internet , disse que a mídia social aliada à educação podem transformar o mundo de hoje num mais ideal e justo.


Entrou o Gilberto Maldonado e falou sobre os modelos de comunicação em transição e as novas redes para o futuro; “No futuro, os jovens não terão paciência com o modelo atual”. Hoje convivemos com a mídia impressa e virtual, mas no futuro teremos as redes dominando a informação, com essa visão lembrei de um vídeo que assisti até o fim (era grande) que se tratava da apresentação do IPad para o público consumidor, no vídeo o gênio Steve Jobs mostrava e tentava provar como será mais fácil e muito melhor a experiência de lêr um jornal ou livro usando a prancheta eletrônica que permite milhões de ações simultâneas e que promete revolucionar a forma das pessoas lerem qualquer coisa. Acho que o fato de economizarmos papéis = árvores = oxigênio = preservação da espécie humana já é bastante coisa para me convencer a ter um IPad, falta mesmo é o preço ser sustentável a realidade do mundo, mas dentro de uma expectativa de mercado não esta mal.

Aí veio o GOG, um MC e poeta de sobradinho, meu conterrâneo, colocou muito bem seu ponto de vista trazendo sua experiência de vida e dizendo o quanto o movimento Hip – Hop ajuda na questão da conscientização da população com relação as mais diversas questões políticas, sociais etc.

Débora Garcia do canal futura falou sobre os conceitos de sustentabilidade (sustentáculo, suporte, apoio...) fazendo referencia aos conteúdos da programação oferecida e a forma que a equipe trabalha como case para o tema. “O futura trabalha muito no sentido de mediar conflitos de conceitos e idéias às vezes proeminentes de um mesmo nicho e nessa sopa de discordâncias se torna um canal para que várias vozes possam ser expressas”. Por fim comparou outras TVs do mesmo segmento em termos de número (capital) para produção de conteúdo similar (a mesma “entrega para sociedade”), se for verdade o que ouvi achei muito significativo: Futura gasta 30 milhões x TV Brasil que gasta 350 milhões e TV Cultura 150 milhões... Que disparate! E para ela o resultado se dá na forma organizacional da empresa, equipes pequenas e prestadores de serviços de várias regiões, de acordo com o que for produzido por cada uma delas.

Vincent Defourny representando a UNESCO veio da França para falar como um filósofo. Falou do mal que nasce na mente das pessoas e como se reflete no comportamento (lembrei imediatamente dos conceitos Logosóficos), fez brincadeira com a palavra “comunicação” e “ação”. Contou um case de um enorme piquenique em Paris que fora organizado em poucas horas em um parque e que desestabilizou a polícia pois através das redes sociais podemos fazer muitas mobilizações.
Chamou-me a atenção quando ele trouxe as noções dos pilares “Logos, Pathos e Ethos” (aliás tenho um blog que se chama “Logos Ilustradas”...) como os 3 elementos que formam a perfeição em termos de comunicação e argumentação quando equilibradas: as dimensões da racionalidade, lógica e Verdade; das emoções, sentimentos e paixões e por fim formando a trilogia - a dimensão cultural, social, da credibilidade e magnificência. Para ilustrar citou o exemplo do que acorreu no Haiti, dizendo que as pessoas estavam tão afetadas emocionalmente que houve uma grande movimentação no sentido de unir esforços m prol da solidariedade... “Mas só a emoção não basta, temos que equilibrar...”.
Falou também da questão da mulher na sociedade como divisor de águas e câmbio muito positivo e que para chegar nesse reconhecimento da mulher e do seu papel no mundo, muitas ações conjuntas foram necessárias e que hoje podemos também mobilizar as pessoas buscando mudanças positivas através da “Cultura de Paz” – Esse termo vem de fundamentos e valores que deram origem a um acordo assinado em 1999 e selado pela ONU.
Achei incrível quando ele disse que São Paulo reduziu 3x a violência através da comunicação da Cultura de Paz, e que o Rio de Janeiro não reduziu em nada esse índice medido na mesma época que São Paulo. Disse ainda que o manifesto foi incorporado por todas as esferas da sociedade: na saúde, governo, educação etc. e por fim fez um apelo ao governo do Rio para que adote a mesma idéia. Assino embaixo!

A Nobel da Paz Rigoberta Menchú deixou muita gente emocionada, relembrou e declarou a Carta da Terra e nos lembrou que não fizemos 1% do que prometemos quando assinamos o compromisso com a “mãe terra” através da Carta. Disse que se 10% da Carta tivesse sido feito que hoje não estaríamos vivendo o caos que estamos. Falou muito sobre espiritualidade e consumismo e em como o consumo material não preenche as necessidades do ser humano porque na verdade precisamos alimentar nosso espírito e nenhum recurso material cura as dores humanas...
Falou que vivemos hoje combatendo os efeitos das crises e levantou a questão do porquê de nossas reações serem reativas e não preventivas e que devemos ter um código de ética.
Chamou-nos a atenção para o poder que detemos, falou dos tipos de poder existentes como o político, econômico e industrial e do poder de cada um, completando ao dizer que “existem pessoas que podem fazer a diferença, porém só se não forem expectadores a vida, temos que ser protagonistas” – Rigoberta Menchú.

O jornalista André Trigueiro, super engajado e articulado falou com muita intimidade sobre o tema sustentabilidade e deixou muita gente sem piscar, ele mais parecia uma metralhadora verbal, começou seu discurso falando das antigas civilizações já extintas por conta dos recursos naturais, que os arqueólogos mapearam a falência dessas civilizações que sumiram por conta do colapso que a falta de recursos naturais trouxe: “crescer por crescer é a filosofia da célula cancerosa”.


Gostei muito de uma frase que ouvi do Trigueiro: “ A pior vaidade é a vaidade intelectual" - Por ser na opinião dele um crime de lesa-pátria.


Falou muito da ética na comunicação para que os profissionais da área usem o termo “sustentabilidade” sem torná-lo vulgar, disse que estão brincando com a palavra, que a forma leviana como esta sendo usada torna o conceito superficial . Aqui fiz um link com minha pesquisa, minha principal preocupação é em saber como controlar o mkt –verde usado indiscriminadamente para agregar valor a marcas.

“Respeitem a palavra sustentável, façam comunicação com ética e fundamento” – André Trigueiro.

Em seguida veio o Tião Santos, presidente da ACAMJG Associação dos catadores do aterro Metropolitano do Jardim Gramacho, foi ovacionado ao denunciar o paradoxo sustentável e marketing –verde, disse que o primeiro não é negócio e sim responsabilidade.

O MC Ferrez de São Paulo contou sobre sua experiência no local onde mora “Capão” e em como conseguiu mudar o paradigma da população jovem local.

CONTINUO EM BREVE!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

sustentabilidade em toda parte

Perdi aula do mestrado para ir ao seminário sobre propriedade intelectual e design, valeu a pena. A discussão girou em torno de como agregar valor ao seu projeto e como protegê-lo. O pessoal do INPI esteve presente também e pude observar como as questões relacionadas aos conceitos a sustentabilidade hoje em dia preocupam industriais, designers e profissionais do marketing.

 Como fazer diferente, inovar e projetar com base nos 3 R´s

Reciclar
Reutilizar
Reduzir


Acrescento aí: 
Respeitar
Repensar


Como fazer um produto inovador com base nos conceitos éticos ambientais e introduzir no mercado a sua idéia?
A equação correta envolve muitas pessoas de preferência com visões diferentes para que a discussão seja aberta e sem "vícios"; plano de negócios, testes, pesquisas, gerenciamento do projeto, participação em editais, prospecção para descobrir prováveis parceiros, envolver "juniors" ou incubadoras de empresas no projeto e estar aberto para novas idéias, mantendo o equilíbrio entre os aspectos racionais e objetivos com os subjetivos foram algumas dicas que colhi na palestra do Cláudio Patrick da Clever Pack, mas o que ficou mesmo foi o enfoque que ele deu para a questão dos novos paradigmas que devem ser forjados no cotidiano das empresas. Não como um alarme utópico - mas sim como uma necessidade de adaptação e seleção natural em que os modelos antigos de gestão e produção estão fadados à extinção por meio das exigências primordiais do nosso planeta, que não suporta mais o modelo de consumo e desenvolvimento capitalista e desenfreado; sem medir conseqüências e impactos deixados pela corrida mercadológica  e por parte da sociedade que hoje passa a cobrar soluções dos empresários e não mais do governo, pois o poder esta nas mãos das corporações, portanto, o destinatário das cobranças também.

Segui muito feliz para o Fashion Business e logo na entrada dei de cara com uma ambientação com enfoque  na sustentabilidade. Jardins suspensos nas paredes, madeira reutilizada, material reciclado para os móveis e muita PROPAGANDA com as palavras SUSTENTABILIDADE, RECICLAGEM, PLANETA  etc. Achei um tanto cômico entrar no  f a s h i o n (moda)  B u s i n e s  s (negócios, comércio, consumo...) e respirar essa atmosfera propagada em todo o conceito do evento (claro que não preciso lembrar que agregar valor, sentimento e estima a marca entram nessa modelagem “altruísta”).
O que senti falta – até procurei, mas não encontrei – salvo 2 ou 3 marcas - foram stands de marcas que realmente trabalham com base nesses conceitos. Vi ao contrário muito desperdício de “lixo” (leia-se exagero de folders espalhados, embalagens, plásticos, garrafas com 80% do conteúdo sem beber e descartadas em algum canto etc.) Daí me perguntei como pôde o estrategista de marketing idealizar um projeto tão bacana e esquecer de incluir – ou chamar para participar dessa enorme responsabilidade que é difundir os preceitos da sustentabilidade; os comerciantes que lá expuseram suas marcas? Qual a quantidade de lixo eles produziram? Para onde foi? Eles separaram parte da sua coleção para produtos ecologicamente corretos?
Quantos usaram malha reciclada? Orgânica? (bambu leia-se mkt-verde). Quantos usaram tintas não tóxicas, não poluentes para suas lindas estampas? Quantos empregaram comunidades ligadas a associações, ONG´s e cooperativas?

Falar de sustentabilidade é bonitinho, “está na moda”, mas ser sustentável requer um pouco de “xiitismo”, tem que investigar os processos de toda a cadeia da produção até a distribuição e comercialização de um produto ou idéia, tem que ter ética e moral e essas duas últimas palavrinhas, lamento muito, são esquecias por muitos profissionais do segmento de moda, e eu, que escolhi a área por amar inovação, criação e comportamento, me sinto às vezes envergonhada de fazer parte de um grupo dominado por um padrão que banaliza conceitos tão importantes – que merecem respeito, que não são fúteis, que diz respeito à geração ao qual pertenço, da minha anterior e das futuras.

Por outro lado fico esperançosa de que a iniciativa servirá para pelo menos fomentar a discussão e difundir os conceitos ou conscientizar a população através da super exposição que os meios de comunicação geram, tenho esperança que essa informação será passada com ética também, respeitando o significado dos termos e sem apelos.

A propósito... Amanhã estarei no fórum Internacional de comunicação e sustentabilidade!!!! Estou ansiosa para ouvir tanta gente engajada na busca por soluções para essas questões.

sábado, 8 de maio de 2010

III Fórum de Comunicação e Sustentabilidade

Ótima oportunidade para quem pesquisa na área:


Os desafios relacionados à sustentabilidade econômica, social, ambiental e cultural são questões essenciais na agenda política da sociedade, das empresas e do planeta. Nesta terceira edição, o Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade, que tem entrada franca, irá promover, mais uma vez, o diálogo e a interação de temas relacionados ao entendimento da sustentabilidade. Estarão presentes nos dias 19 e 20 de maio, no Vivo Rio, no Rio de Janeiro, personalidades de diversas nacionalidades, das mais variadas áreas do conhecimento, para discutir a cultura da paz, o respeito social, ambiental, econômico e social.

Já confirmaram a presença a guatemalteca Rigoberta Menchú, Prêmio Nobel da Paz (1992) por sua campanha pelos direitos humanos, especialmente a favor dos povos indígenas; o fundador do Grameen Bank, o banco dos pobres, Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz (2006); o idealizador do projeto Clean Up Day, Rainer Nõlvak que, em agosto de 2007, com a participação de 50 mil voluntários limpou a Estônia em apenas um dia; o escritor Leonardo Boff (adoro ele e tbm o Edgar Morin!); o rapper MV Bill; o jornalista André Trigueiro; o jovem inglês Lucian Tarnowski, empreendedor por trás do BraveNewTalent, plataforma que conecta jovens a potenciais empregadores através de uma rede social; o poeta GOG – Genival Oliveira Gonçalves; a pedagoga e fundadora da Casa do Zezinho Tia Dag; a médica e fundadora da ONG Saúde Criança Renascer, Vera Cordeiro; o cantor e compositor Seu Jorge; e Ferrez, um dos mais respeitados escritores da atualidade, entre outros palestrantes.

O objetivo do evento é promover o debate entre os setores público, privado e a sociedade civil, sobre o conceito e a prática da sustentabilidade, tendo como ponto de partida os quatro princípios da Carta da Terra: Democracia, não violência e paz; Integridade Ecológica; Respeitar e Cuidar da Comunidade da Vida e Justiça Social e Econômica. A expectativa da produção do Fórum é que cerca de 2,5 mil pessoas compareçam aos dois dias do evento.

— O papel da comunicação é fundamental para promover mudanças de conduta na sociedade e aproximar o discurso da prática. Para praticarmos a sustentabilidade, basta que todos pratiquem pequenas atitudes como não consumir mais do que se precisa; praticar a carona solidária, consumir produtos orgânicos; economizar água e energia, entre outros — enumera Marta Rocha, da Atitude Brasil, organizadora do Fórum.

O III Fórum de Comunicação e Sustentabilidade irá oferecer, ainda, um show em homenagem aos dez anos da Carta da Terra. A apresentação conta com a participação de Seu Jorge, MV Bill, Mallu Magalhães e GOG. O Fórum será transmitido gratuitamente via internet para as universidades de fora do Rio de Janeiro, América Latina, Europa, África e Ásia, em tempo real, via webcast.

LIMPA BRASIL

Em sua terceira edição, o Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade irá abordar soluções relacionadas à geração de lixo e ao destino desses resíduos no meio ambiente. Para isso, durante o evento, será lançado o projeto Limpa Brasil, que acontecerá nos próximos meses no Rio de Janeiro. A iniciativa é baseada no projeto “Let’s Do It”, idealizado pelo ambientalista Rainer Nõlvak — que participará do Fórum — que ‘limpou’ a Estônia em um dia com a participação de cerca de 50 mil voluntários.

O objetivo do Limpa Brasil não é apenas limpar o país, mas também para a mudança da atitude da população e conscientizar todos sobre os problemas ambientais. A ideia é que o Limpa Brasil seja itinerante e atue em diferentes cidades do Brasil. O pontapé inicial do projeto será no Rio de Janeiro.



Palestrantes do III Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade

Nesta terceira edição serão abordados temas importantes relacionados ao entendimento do conceito da sustentabilidade. Estarão presentes, de diversos lugares do mundo, pessoas das mais variadas áreas do conhecimento.



Temas a serem discutidos:

Democracia Não Violência e Paz
Responsabilidade da comunicação com relação à sociedade e o impacto das redes sociais nos novos modelos de comunicação;
Integridade Ecológica
Responsabilidade socioambiental do Brasil e soluções relacionadas à geração de lixo e seu destino.
Justiça Social Econômica.
A inclusão da base da pirâmide no sistema de consumo e como o empreendedorismo social pode contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades; E a preocupação da saúde como inclusão social.
Respeitar e Cuidar da Comunidade da Vida.
O poder da informação e do acesso de forma democrática para a mobilização do desenvolvimento sustentável.


Pessoal,

Descobri que as inscrições para professores e alunos podem ser de graça, é só preencher os campos e aguardar a resposta, quem for please contact me para formarmos um grupo e para o intercâmbio de ideias e pesquisas.






















quinta-feira, 6 de maio de 2010

JOB. Aula de figurino, projeto do governo federal.



Projeto Pró Jovem - Ação Comunitária do Brasil
 3 turmas, quase 90 alunos.

MAIS FOTOS cliqueE AQUI E DESÇA A BARRA DE FERRAMENTAS ATÉ O FIM

 Esta resenha trata das aulas de figurino para jovens da Comunidade Cidade Alta - RJ, nos meses de março, abril e maio. Lá desenvolvi com os alunos uma seqüência de estudos e práticas ligadas ao desenvolvimento do figurino para teatro, TV e cinema. 

Fizemos atividades propostas pela apostila do governo. Incrementei as aulas com material que colhi durante minha trajetória profissional e através da elaboração de 100 slides com base na pesquisa do figurino da criação até a execução do traje.


 Abordei as questões subjetivas que envolvem o entendimento do que deve ser planejado, tais como o estudo do perfil psicológico dos personagens, os arquétipos, a linguagem subliminar, a psicologia das cores e formas, os signos que caracterizam cada estilo, a linguagem das luzes + cores, e a análise dos objetivos do personagem em cena (de onde veio e para onde vai). Saímos do intangível e convidei a turma a refletir sobre os aspectos objetivos, tais como mercado de trabalho, funções do figurinista e equipe, questões ligadas ao net work, relacionamento entre equipes e com os atores - fundamental para que o trabalho corra bem, assim como conceitos e o vocabulário usados nesse nicho. 

Em etapa posterior - ainda na teoria, discutimos o figurino de época. Ilustrei as explicações recorrendo ao estudo histórico comportamental, antropológico e social, fazendo ressalvas sobre como tais aspectos influenciam na elaboração de figurinos que remetem à indumentária de uma época.
Também fez parte do conteúdo programático o estudo das cores, as misturas entre primárias, secundárias e terciárias e o uso de cores quentes e frias  dando significância  a caracterização dos personagens.


Contextualizei os aspectos do figurino de época, este, que foi um pouco ignorado pelo programa oferecido (material didático- apostila). "O homem cobria o corpo com pele de animais para se proteger do frio e clima... na pré história". Fiz explanações contando a história da indumentária a partir da remota época das cavernas até os dias de hoje. Falei sobre o legado deixado dos períodos como idade média – renascimento, barroco, clássico, idade moderna, virada do século, anos 20, 30, 40... Sempre lançando mão de textos e imagens diversas. Também na pesquisa dei referências de alguns dos principais nomes da moda e sobre os formadores de opinião e celebridades que influenciaram  o pensar e vestir, chamei a atenção para uma reflexão sobre como a política, a economia, as guerras e a cultura de um local influenciam no comportamento, que por vez refletem na indústria têxtil e na moda.

As práticas foram feitas a partir de propostas baseadas no dia a dia de um figurinista, fizemos desenhos artísticos e técnicos, fichas técnicas, pranchas de pesquisa (ambiente, personagem, estilo, tipo físico, cores e contexto). 






Por fim elaboramos figurinos  de carnaval customizados a partir de peças de roupas e retalhos. Alguns confeccionaram bonecos usando materiais alternativos e sucatas  - com base nos conceitos de sustentabilidade, reaproveitamento e reciclagem, nesta etapa foi interessante notar a surpresa dos alunos ao  ver o “lixo” se transformar    e também o comprometimento de todos em prol de  realizar o proposto. Trabalharam  com mais envolvimento, paixão e um sentimento de solidariedade que pôde ser observado a partir da busca por materiais (já prestes ao caminho do lixo) até a sala de aula. O estímulo gerado refletiu na postura deles com os colegas ao socializar o material adquirido, os “ruídos” sumiram e ficou o silêncio-barulho do trabalho.





Considerações

Espero e estou certa de que eles continuarão se empenhando em prol da evolução de suas vidas, também acredito que eles esperam colher os frutos desse empreendimento que foi o módulo figurino do Pró Jovem – Juventude Cidadã.  Desta forma também espero que possam contar com mais oportunidades na esfera empresarial e do governo para enfim poderem bater no peito com uma sensação boa de que são parte de um  país que oferece  arte e cultura no lugar de pão e circo.
Janara Morenna.: