quinta-feira, 24 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
amigo Ferrado pela ferrari,
Ouvi o relato de um amigo que comprou umas camisetas da marca Ferrari e depois se ferrou com o cartão de créditos. Fiquei com a estória na cabeça e resolvi escrever o seguinte pra ele:
Querido amigo Ferrado pela ferrari,
Em uma análise que visa somente trocar impressões e não julgar seus impulsos e valores, me referirei a questão do consumo. Tenho estudado o marketing em várias modalidades e a que mais domino ou talvez me impressione creio ser a parte comportamental que é estudada pro consumo.
O valor agregado às marcas, os signos de distinção, discriminação, status, afinidade, afetividade etc, são alguns conceitos que tornam legitima ou não a valorização que se dá por determinado produto e marca.
A maioria de nós recebe passivamente essa lavagem de elementos, pois vivemos em um mundo social cheio de códigos, esse sistema não é sinônimo de liberdade embora se baseie em imagens que muito se assemelham a ela.
Então fico pensando em como pode a gente ser tão vulnerável de mesmo sabendo isso tudo, ainda assim achar o máximo comprar uma simples camiseta feita na China (whatever se foi na Europa , se foi o regime lá de mão de obra com certeza é similar ao chinês, feito em algum pueblo do sul da Europa)... Voltando, gastar rodos (veja bem, sei que preço é algo subjetivo, o valor é intangível) com a desculpa do afeto que temos pelo conceito envolvido... Essa camisa de malha ou sei lá que material, terá uma vida útil, envelhecerá, logo outras mais "bacanas" estarão no mercado, mas nessa hora tudo fica escuro e só vemos a grande oportunidade de consumir um fetiche, um bem que carrega uma carga emocional...
O rico tem o direito de comprar uma camiseta básica de algodão da Diesel por 500,00 no Brasil, o que quer parecer rico quando vê por 499 trata logo de aproveitar - aqui faço uma ressalva, não critico a questão da liberdade de escolhas... Refiro-me a
Beijos,
Janara.
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